Um Amor Inesperado

Capítulo 16

Capítulo 16

O verão acabou, e estou fazendo as malas para ir para o dormitório.

— Você deveria mudar para meu apartamento. Gosto de morar com você, e você já está ficando comigo toda noite há semanas. — Will resmunga.

Depois daquela primeira noite que passei lá, eu meio que fiquei. Will tinha que trabalhar e eu tinha um turno no restaurante. Quanto meu horário acabou, fui para casa fazer o jantar. Assim que tudo estava pronto, voltei para o apartamento de Will. Fiz jantar para nós, e já estava com tudo pronto quando ele chegou. Will comentou que gostava de me ver antes e depois do trabalho, e me tornei sua vítima voluntária.

— Vou sentir falta disto também, mas papai quer que eu tenha toda a experiência de uma faculdade, mesmo que seja só no primeiro ano.

Will me puxa para junto de si e começa a tirar minha blusa.

— Você não estaria morando com ele se ficasse comigo. Eu posso até olhar um lugar mais perto de Port Angeles. É a viagem de quarenta e cinco minutos até lá que está te desanimando?

Sorrio.

— Papai já pagou pelo dormitório até as férias de inverno. Vamos deixar rolar e ver como ficaremos até lá.

Will faz um ruído de concordância e cruza os braços, fingindo estar emburrado, com direito a beicinho e tudo mais.

Meus olhos vão para os dele e ele me beija enquanto me deita na cama. Ele toca meu corpo como se soubesse tudo sobre ele. Seus olhos estão em mim enquanto ele me penetra lentamente. Posso ver claramente nos seus olhos, e eu vejo o futuro. Eu sei, sem dúvida nenhuma, que o amo.

— Eu te amo. — falo, tocando seu rosto.

Ele para de se mover e me encara, sorrindo.

— Graças a Deus, anjo. Te amo desde a manhã que acordei com você nos meus braços, na casa do lago.

Nos beijamos, e estou me sentindo transbordando de felicidade. Will começa a ir mais devagar, e todos os seus movimentos se tornam suaves. As sensações vão crescendo aos poucos até se tornarem intensas, e estamos ofegando. Sei que não estamos só transando ou fazendo amor, estamos fazendo amor com nossos corações, almas, corpos e mentes.

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Sinto uma dor no coração quando paramos na frente da faculdade. Eu sei que fui eu quem recusou a oferta de ir morar com ele. Agora, porém, saber que ele me ama tanto quanto o amo está me fazendo repensar tudo.

— Anjo, não serão nem cinco meses, e vamos nos ver sempre, prometo. — Will toma meus lábios em um beijo escaldante. O beijo não é sobre despedidas, é sobre deixar claro o que é dele.

Will não me solta, nem mesmo quando escutamos comentários altos ao nosso redor.

Eu me afasto e levanto a sobrancelha.

— Preciso mostrar para todo mundo que você já tem dono. — Ele pisca.

Balanço a cabeça, ao mesmo tempo em que noto uma garota lambendo os lábios enquanto olha para a bunda de Will. Meus lábios voltam para o dele no mesmo instante. Se ele pode mostrar para os rapazes que eu sou dele, então a recíproca é verdadeira.

Will se move até que minhas costas batem na parede, e sinto seu sorriso.

— Sou seu, anjo. — ele murmura no meu ouvido. — Te amo. Ligue antes de dormir. — Ele me beija de novo.

Eu fico segurando as lágrimas enquanto ele vai embora.

Meu pai entra com a caixa que esqueci na sua casa.