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Passaram-se dois dias e nesses dias eu estava igual pinto no lixo, ou pinto em outro lugar.

Numa quinta- feira chuvosa a pouco tinha acabado de anoitecer eu estava voltando da casa do higor, estávamos fazendo o trabalho o último trabalho desse semestre 100/100.

Meu telefone não parava de tocar dentro da bolsa mas não atendi se é perigoso atender na pista seca imagine em dia chuvoso.

Quando deixei meu carro no estacionamento dei uma olhada e tinha umas 5 ligações do arthur nesses dias ele não me ligou fiquei surpresa com todas essas ligações.

- Estava dirigindo por isso não atendi.

- Chegou em casa agora ?

- Ainda estou no elevador.

- Você deve estar cansada pra sair hoje não é ?

- Muito - nunca pensei que recusaria sair com o arthur mas infelizmente não dá - Porque você não vem aqui em casa.

- Preferia que a gente saísse hoje.

- Um lugar que tenha cama por favor.

- Pode ser, quando estiver pronta me liga que vou te buscar.

A melhor parte de chegar em casa e ver a felicidade da molly quando me vê, me sinto a melhor pessoa do mundo.

Avisei a minha mãe que hoje não dormiria em casa, e que ela cuidasse muito bem da minha filha de quatro patas.

Me arrumei super rápido e liguei avisando o arthur, passando alguns minutos ele me liga dizendo que o carro dele não pegava de jeito nenhum. Dispensei a ideia dele de pedir um táxi e fui buscar ele com o meu; embora ele morra de medo de andar comigo.

A chuva não dava trégua.

- Arthur, já estou aqui em frente a sua casa.

- Já vou descer - sua respiração estava rápida e sua voz bem firme, bem diferente de quando ele falou comigo á minutos atrás.

Esperei mais ou menos uns 10 minutos e nada do arthur descer, mesmo com o rádio tocando ficar ali dentro estava me entediando.

Derrepente escutei uns tapas no vidro do meu carro olhei para o carona e era a Thalia gritando igual uma doida na chuva o arthur pegou ela pelos braços tentando tirar ela do meu carro. Ela gritava mandando eu descer eu que não ia me molhar inteira por causa de uma coisa tão supérflua como ela.

Ela poderia bater o dia todo o meu carro era blindado mesmo.
Finalmente o arthur levou ela pra dentro ela estava igual uma louca.

De novo esperei uns minutinhos e liguei para o arthur pra perguntar se eu podia ir embora ou ele iria vir comigo.

- Você desistiu ou eu devo te esperar mais algumas horas?

- Espera, eu tô indo.

Dessa vez bem mais rápido ele desceu com outra roupa.

- Não sabia que ela estava na sua casa - Nós já estávamos a caminho do motel.

- Minha mãe tá muito apegada a essa criança.

- Ela acha que o filho é seu? - eu perguntei morrendo de ciúmes.

- Acha. - Eu me calei e continuei o caminho todo sem dar um pio.

Eu não ia estragar a minha noite falando dela e do filho dela.

Pedimos umas coisas pra comer, assistimos filme juntos ( não disse qual filme foi ) e depois fizemos o nosso filme 💅.

Filhos Do Morro || Concluída.Onde histórias criam vida. Descubra agora