Um amor pode mudar tudo

Capítulo 4

Acordei sozinha e fiquei olhando pro teto um bom tempo, até pegar meu celular e ver que tinham algumas mensagens e chamadas perdidas do Erik e da Alice, ainda eram 04:26, então eu teria que esperar mais um pouco até alguém vim me "acordar", até lá eu fico aqui olhando pro teto, o que é uma coisa muito legal, principalmente quando eu vou ter que fazer isso por uma hora. Tentei voltar a dormir, mas não consegui, só conseguia pensar em tudo o que aconteceu desde o dia 26 e em como, em um piscar de olhos, minha vida mudou. Ouvi a porta abrir e fechar e vi a Amélia vindo até a cama.

-Milagre a senhorita já estar acordada – falou ela sorrindo.

-Acordei e não consegui mais dormir – falei dando de ombros.

-Isso tem alguma coisa a ver com o Pedro? – perguntou sorrindo de lado.

-Por que isso teria a ver com o Pedro? – perguntei revirando os olhos.

-Isso é você quem tem que dizer – falou pegando uma roupa e vindo me vestir.

-Amélia não viaja – falei e ela riu.

-Quem tá viajando é você – falou – Eu só lido com fatos.

-Que fatos? – perguntei, mas ela não respondeu. Tomei café e fui pra escola com meu pai. Quando cheguei encontrei o Erik e a Alice do lado de fora.

-Ju tá tudo bem? – perguntou a Alice e eu assenti.

-Por que você não veio pra escola ontem? – perguntou o Erik.

-Porque eu não tava muito a fim de sair da cama – falei e os dois não perguntaram mais nada – Mas eai vamos entrar? – perguntei e os dois assentiram. O Erik foi levando a cadeira, mas dessa vez sem correr.

-Você perdeu o barraco de ontem – falou a Alice rindo enquanto nos ajeitávamos nos nossos lugares.

-O que aconteceu? – perguntei.

-A Bruna beijou outro moleque na frente da escola toda, inclusive do Caíque – falou a Alice.

-Você precisava ver a cara do Caíque vendo aquilo – falou o Erik.

-Bem feito – falei – Quem mandou me trocar por ela.

-Nossa quanto rancor – brincou a Alice e eu ri.

-Não é rancor – falei – Mas cada um tem aquilo que merece – acrescentei sorrindo.

-Ainda bem que eu sou seu amigo – falou o Erik pensativo.

-Falando nisso vocês não querem ir lá em casa sábado? – perguntei.

-Pode ser – falou o Erik.

-Fecho então – falou a Alice.

-Ah e levem alguma coisa pra entrar na piscina – falei.

-Mas e você? – perguntou o Erik.

-É a gente não vai entrar e te deixar olhando – falou a Alice.

-Relaxa – falei – Eu dou um jeito.

-A gente leva, mas se você não for entrar a gente não entra – falou a Alice.

-Isso mesmo – falou o Erik.

-Vocês que sabem – falei rindo e ouvimos o sinal bater. Depois de seis aulas, finalmente ouvimos o sinal bater. Arrumei minhas coisas e sai com o Erik e a Alice, mas quando estava quase chegando no carro onde o Pedro estava encostado me esperando, alguém entrou na minha frente.

-Parou por quê? – perguntei pro Erik ignorando a pessoa.

-Porque não dá pra passar – falou o Erik.