Há um mês que tudo aconteceu e há um mês que eu não saio pra lugar nenhum, a não ser ir pra escola e ir com a minha mãe comprar as roupinhas do bebe, isso porque meus pais meio que me obrigaram a fazer. É normal ter 16 anos e estar sofrendo por amor? Impressionante como o que eu sinto por ele não diminuiu, ainda dói pensar nele, mas eu aprendi a viver com isso, pra tentar me distrair minha mãe sempre me leva pra comprar algo para o bebe e até que é divertido e realmente mantém minha cabeça ocupada. Já meu pai, depois de ter surtado e feito o discurso dele, passou uma semana sem falar comigo direito, mas depois foi voltando a falar comigo aos poucos, acho que ele prefere fingir que nada aconteceu, o que importa é que tanto minha mãe como meu pai estão me ajudando a tentar superar isso, cada um a sua maneira. Engraçado que eu e o Pedro fizemos tudo juntos, mas só eu ouvi todos os sermões, todas as broncas e qualquer outra coisa que era pra ele ouvir também, mas deixa isso pra lá, quanto menos eu pensar nele melhor. Estava jogada no sofá de pijama assistindo filme, quando ouvi a campainha tocar e fui atender.
-Oi Ju – falou a Alice me abraçando.
-Oi rebelde – falou o Erik sorrindo.
-O que vocês estão fazendo aqui e pra que toda essa arrumação? – perguntei olhando pros dois.
-Porque nós vamos a uma festa – falou a Alice.
-Legal, boa festa então – falei e comecei a fechar a porta, mas o Erik não deixou.
-Com "nós" ela quis dizer nós três – falou o Erik.
-Obrigada, mas eu dispenso – falei.
-Ah não dispensa não – falou a Alice – Você vai e já está decidido – acrescentou.
-Eu não decidi nada – falei.
-Mas nós sim – falou o Erik.
-Vocês vão em uma festa agora? – perguntei.
-São 20:15 – falou o Erik – E geralmente é nesse horário que começam as festas – acrescentou.
-Anda vai logo se trocar – falou a Alice entrando.
-Eu to muito bem de pijama – falei.
-Vai Ju, você tem meia hora pra se arrumar – falou o Erik.
-Não dá, minha mãe pediu pra mim ajudar ela a fazer um negocio – falei tentando pensar em uma boa desculpa pra não sair de casa.
-Para de arrumar desculpa – falou a Alice – Vai logo que você já rejeitou não sei quantos convites nossos pra sair de casa – acrescentou.
-Se eu rejeitei, é porque não estou a fim de sair de casa – falei.
-Ou você vai por bem ou por mal, você escolhe – falou o Erik e eu revirei os olhos. Fui pro meu quarto e tomei um banho rápido. Quando sai coloquei um vestido vermelho que marcava bem o meu corpo e um salto preto, fiz minha maquiagem e alisei meu cabelo. Quando voltei pra sala a Alice e o Erik até aplaudiram.
-Meu Deus, você tá muito gata – falou a Alice.
-Fiu fiu, assim os novinho piram – falou o Erik e rimos.
-Vamos? – falou a Alice.
-Tenho outra escolha? – perguntei.
-Não – falou o Erik e fomos. Fomos em um táxi, porque ninguém sabia qual seria o nosso estado na hora de ir embora, eu já até imaginava o meu. Não faço a menor ideia de quem é o dono da festa, só sei que tinha muita gente da minha escola e muita gente que eu não conhecia. A casa era enorme, com uma pista de dança e DJ, tanto na cozinha como pela casa em geral tinham várias bebidas espalhadas. O Erik e a Alice foram pegar uma bebida, enquanto eu peguei uma batida e virei, afinal temos que começar light né. Estava tomando minha terceira batida tranquilamente quando eu vi o Pedro na pista de dança com a Camila, quase vomitei quando vi eles se beijarem.
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Um amor pode mudar tudo
Teen FictionJúlia Clark vê sua vida mudar tragicamente ao ficar paraplégica, porém, como dizem, há males que vem para o bem e graças a esse acontecimento ela pode conhecer um amor que vai mudar sua vida.