Capítulo 20

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Acordei com a claridade batendo no meu rosto e vi que a janela estava aberta, não sei porque a Amélia abre esse negócio. Levantei e vi que são 12:22. Após fazer tudo que geralmente faço, coloquei um short preto com uma regata cinza e um tênis preto e fui pra cozinha.

-Aleluia Bela Adormecida, achei que ia ter que fazer algo além de abrir a janela – falou a Amélia.

-Bom dia pra você também – falei – Aliás, por que você ainda abre aquele treco? – perguntei.

-Aquele treco é uma janela e eu abro ela porque se não a senhorita dorme até amanhã – falou.

-Bom dia – falou o Pedro entrando na cozinha.

-Bom dia – falamos.

-Eai o que temos de bom pra hoje? – perguntei.

-Não sei, alguma sugestão? – perguntou.

-Por que vocês não vão fazer um piquenique? – falou a Amélia.

-Boa ideia – falou o Pedro sorrindo.

-Pode ser – falei. Arrumamos as coisas e fomos pra um parque.

-Não tem nenhum bicho aqui não né? – perguntei sentando na toalha.

-Por quê? Tá com medo? – falou rindo.

-Não, mas não estou a fim de virar caminho de algum bicho – falei tacando uma bolacha nele.

-Sem desperdício de comida hoje – falou.

-Você mereceu – falei.

-Mas então quer dizer que você tem medo de bicho? – perguntou sorrindo.

-Eu não tenho medo, só tenho nojo de alguns – falei.

-Imagina se você tivesse que passar uma noite em algum lugar abandonado então – falou pensativo.

-Por que eu iria passar a noite em algum lugar abandonado? – perguntei.

-Ah não sei, vindo de você não duvido nada – falou rindo.

-Eu ficaria lá de boa – falei dando de ombros.

-Duvido – falou.

-Quer apostar? – perguntei.

-Quero – falou – Se você não conseguir me deve um pedido.

-Mas se eu conseguir, você vai ter que fazer qualquer coisa que eu quiser – falei sorrindo e apertamos as mãos.

-Tá preparada pra fazer isso? – perguntou.

-Você conhece algum lugar abandonado? – perguntei e ele assentiu – Então nós vamos pra lá, depois de comer claro – acrescentei e rimos. Ficamos no parque até começar a escurecer e então fomos pra esse lugar abandonado.

-Quer mesmo fazer isso? – perguntou parando o carro em frente a um prédio.

-Sim – falei descendo do carro. Ele pegou a toalha e desceu do carro vindo para meu lado – Tem quantos andares? – perguntei.

-15 – falou.

-Você quer que eu suba 15 andares de escada? – falei – Tá louco?

-O que que tem? – perguntou sorrindo.

-Eu ainda não posso fazer tanto esforço – falei.

-Isso não vai te prejudicar – falou – Quer desistir? – perguntou sorrindo.

-Claro que não – falei e começamos a subir – Achei que era pra mim ficar sozinha – falei enquanto subíamos.

-Não vou te deixar sozinha em um lugar abandonado, principalmente quando não se sabe se tem alguém – falou e eu ri.

-Eu to cansada – falei quando estávamos no sétimo andar.

-Só mais oito andares – falou.

-Você fala como se faltasse apenas dois degraus – falei.

-Mas não falta tanto assim – falou.

-Claro que não, é como se eu estivesse flutuando aqui, nem cansa subir quinze andares – falei dando ênfase quando falei quinze e ele riu. Quando chegamos no último andar, o Pedro estava praticamente me carregando. Ele estendeu a toalha no chão, enquanto eu fui até a janela olhar a vista que era incrível.

-A vista é incrível né? – perguntou me abraçando por trás.

-Sim – falei – Como você descobriu esse lugar? – perguntei.

-Na verdade eu nunca vim aqui, só sabia que era abandonado – falou.

-E você me trás pra cá sem saber se ia ter alguém? – perguntei.

-Mais ou menos isso – falou.

-Que ótima pessoa você é ein – falei e ele riu.

-Para de drama, até parece que você se arrependeu de vim aqui – falou me virando de frente pra ele.

-Não, não me arrependi – falei.

-Então é isso que importa – falou e me beijou. Sua mão tocou de leve minha pele por baixo da camiseta, me dando arrepios. O beijo foi ficando mais quente, eu mordia seu lábio inferior e ele dava leves sorrisos – Você confia em mim? – perguntou em meio ao beijo e eu assenti. Senti suas mãos descerem até minhas coxas e me levantarem de forma que eu as entrelaçassem em sua cintura e me prensou com cuidado na parede, deixando nossos corpos colados. Ele apoiou uma mão nas minhas costas e a outra deixou na minha coxa e me levou até onde ele tinha estendido o lençol. A principio ficamos ajoelhados, enquanto eu tirava sua camisa e dava leves beijos em seu peito e, em seguida, abria sua calça. Quando ele estava só de cueca, ele me deitou, ficando por cima e rapidamente tirou minha camiseta e meu short. Antes de tirar meu sutiã, ele parou e me olhou – É sua primeira vez? – perguntou, respirei fundo e neguei com a cabeça. Vi uma expressão de surpresa passar por seu rosto, mas ela logo foi substituída por uma maliciosa – Eu não sei com quem e nem como foi, e, sinceramente, nem quero saber, mas eu vou fazer você se esquecer da sua primeira vez, e te mostrar que ele com certeza não sabia o que tava fazendo – falou tirando meu sutiã e descendo seus beijos até meus peitos, onde ele deu leves chupões. Soltei uma risada e falei:

-Você dá de dez a zero na pessoa com quem eu perdi minha virgindade – falei e, enquanto falava, sua mão desceu até minha calcinha e tirou-a. Então desceu dos meus peitos pra minha parte intima, onde ele chupou-a, enquanto eu dava alguns gemidos, depois sua boca subiu e veio de encontro a minha. Ele tirou sua cueca e colocou uma camisinha.

-Posso? – perguntou e eu assenti. Senti-o começar a entrar com uma leve dor, que acabou quando ele começou o movimento de vai e vem. Seus beijos revezavam entre minha boca e meu pescoço e minhas mãos desciam de seu pescoço para suas costas dando alguns arranhões. Quando chegamos ao ápice, ele me deu um longo beijo, até ficarmos sem ar e perguntou sorrindo – Foi muito ruim?

-Foi ótimo – falei e puxei-o pra mais um beijo, dando leves mordidas em seu lábio no final.

-Não provoca – falou dando um sorriso de lado.

-Ou você vai fazer o que? – perguntei sorrindo.

-Agora nada – falou – Amanhã quem sabe – acrescentou.

-Por que não agora? – perguntei.

-É melhor você se vestir, tá esfriando um pouco – falou se levantando e pegando minha roupa.

-Eu não fico resfriada tão rápido assim – falei.

-Mas se você não se vestir, eu não vou conseguir me controlar – falou sorrindo. Peguei a roupa e coloquei e ele colocou só a calça e deitou atrás de mim me abraçando. Mesmo que estivesse frio, eu não senti, quando estou abraçada ao Pedro parece que o calor do corpo dele vem para o meu, me mantendo quente. Dormimos assim.

Um amor pode mudar tudoOnde histórias criam vida. Descubra agora