Capítulo 7

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Acordei com a Amélia me chacoalhando pra ir pra escola, ela me trocou e meu pai me levou pra escola. Não consegui prestar atenção em nenhuma aula, só conseguia pensar em como o Pedro e a mãe dele estavam e se tinha dado tudo certo.

-Eai Ju vai fazer o que nas férias? – perguntou o Erik.

-Nem sei e vocês? – perguntei.

-Eu provavelmente ficar em casa – falou a Alice.

-Então somos dois – falou o Erik e rimos. Eles estavam mais próximos, durante a aula eles se olhavam e sorriam, faziam brincadeiras carinhosas um com o outro e eu só observava e ria, fingindo não estar percebendo nada. Enquanto o Erik foi falar com o professor eu aproveitei pra falar com a Alice.

-E você e o Erik, como estão? – perguntei.

-Você nem sabe, ontem depois da escola ele me levou em uma praça aqui perto, conversa vai e conversa vem até que ele me beijou – falou ela sorrindo – Foi muito bom, nem acredito que ele gosta de mim – acrescentou.

-Sabia que vocês dois iam ficar juntos um dia – falei e rimos.

-Tão rindo do que? – perguntou o Erik sentando na mesa dele.

-Nada – falei – Coisas de meninas – acrescentei olhando pra Alice sorrindo. Na saída, me surpreendi ao ver o Pedro encostado no caso de óculos escuros, como no primeiro dia em que ele me buscou e, ao me ver, ele sorriu.

-Tchau gente – falei pro Erik e pra Alice.

-Tchau Ju – falaram.

-Como tá sua mãe? – perguntei assim que ele entrou no carro.

-Estável – falou ele – Mas se tudo der certo, semana que vem ela já faz a transfusão de medula – acrescentou.

-Que bom – falei – E como você está? – perguntei.

-Bem – falou.

-Bem cansado né? – falei olhando pra ele.

-Pra ser sincero, um pouco – falou sorrindo.

-Você virou a noite acordado? – perguntei.

-Não consegui dormir – falou – Pensava que a qualquer minuto ia acontecer algo com a minha mãe – acrescentou. Almocei rápido e fui pra fisioterapia cedo.

-Ju tá tudo bem? – perguntou a Patrícia quando cheguei lá – Tá melhor de ontem?

-To sim – falei – E hoje eu vim mais cedo pra recuperar o que não fiz ontem – acrescentei e ela sorriu.

-Bom ver a senhorita se empenhando pra melhorar – falou ela sorrindo e eu olhei pro Pedro que piscou pra mim – É bom ver também que seu namorado está junto com você desde o começo te apoiando – acrescentou olhando pra mim e pro Pedro.

-Ah não, a gente não é namorado – falamos juntos e ela levantou as sobrancelhas e sorriu.

-Mas parecem – falou ela me levando pra fazer os exercícios, enquanto o Pedro ficava sentado olhando. Pela primeira vez eu consegui sentir alguma coisa nas minhas pernas o que me motivou a fazer todos os exercícios sem reclamar.

-Me leva pra ver sua mãe? – perguntei pro Pedro quando saímos da clinica.

-Melhor não Ju – falou ele – Hospital não é um dos lugares mais agradáveis pra ficar.

-Mas eu quero vê-la – falei.

-Deixa pra outro dia – falou ele.

-Tá bom – falei dando um suspiro – Então você vai ter que descansar um pouco antes de voltar pro hospital – acrescentei.

Um amor pode mudar tudoOnde histórias criam vida. Descubra agora