Hoje é sábado e, pra variar, eu não tenho nada pra fazer. Fiquei a manhã toda na cama lendo, o que é um milagre, e de tarde resolvi sair da cama e ir na área da piscina. O Pedro não tem falado comigo direito e parece estar me evitando. Sai do quarto e não vi ele na sala nem em lugar nenhum.
-Amélia vou ficar ali na área da piscina se precisar de mim – falei e ela assentiu – Ah, você sabe onde está o Pedro? – perguntei.
-Não – falou ela – Ele nem chegou ainda – acrescentou e eu assenti e sai – Ju vou ir no mercado – falou a Amélia – Sua mãe saiu e seu pai foi trabalhar – acrescentou.
-Tá bom – falei. Resolvi tentar andar, já que na fisioterapia eu já consigo ficar em pé e andar com a ajuda dos equipamentos, mas eu queria fazer isso sozinha, sem ajuda. Levantei devagar e consegui ficar em pé, quando senti firmeza, dei o primeiro passo e o segundo, mas quando dei o terceiro passo minhas pernas cederam e eu cai no chão. Engatinhei, ou melhor, me arrastei até perto da piscina onde eu tinha uma cadeira que eu usei para me apoiar e levantar. Quando levantei, tentei voltar pra minha cadeira, mas pisei errado na borda da piscina e cai dentro dela. Não consegui subir pra superfície só com os braços e não tinha forças pra me impulsionar pra cima. Comecei a ficar sem ar, então apaguei.
-Ju acorda! – acordei com o Pedro me segurando e fazendo respiração boca a boca. Tossi e cuspi um pouco da água, respirando fundo – Graças a Deus você acordou – acrescentou passando a mão no meu rosto e eu sorri – Nunca mais me dê um susto desses, por um instante eu achei que pudesse ter te perdido – falou com um tom preocupado aproximando seu rosto do meu.
-Obrigada – falei.
-Não precisa agradecer – falou – Eu faria isso mil vezes se precisasse – acrescentou – Vem, vamos entrar pra você trocar de roupa – falou e me pegou no colo. Entramos no quarto e ele fechou a porta e me colocou sentada em cima da mesa onde eu faço meus trabalhos.
-Não tem mais cama aqui não? – brinquei.
-Você está toda molhada e vai molhar sua cama – falou mexendo no meu guarda-roupa. Enquanto ele procurava uma roupa pra mim, eu tirei minha camiseta e meu short e joguei no chão – Pode ser essa roup... – falou virando e, assim que me viu, ele parou de falar e ficou me olhando.
-Baba não – falei rindo.
-Você também provoca – falou jogando a roupa na cama e vindo na minha direção.
-Mas você já me viu assim – falei sorrindo.
-E por pouco consegui me controlar – falou se encaixando entre minhas pernas e aproximando seu rosto do meu – Tenho que confessar eu tentei, juro que tentei, mas não dá pra ficar perto de você sem poder te tocar e, principalmente, sem poder te beijar. Não sei como, mas seu beijo me viciou mais que uma droga – acrescentou e me beijou, colando seu corpo ao meu. Minha cabeça virou de um jeito que eu não entendia mais nada, mas eu não quero tentar entender nada agora, a única coisa que eu quero é me perder nesse beijo, que, meu Deus, é muito bom e viciante ao mesmo tempo. Nunca pensei que eu realmente fosse pensar isso, mas eu não quero que isso acabe tão cedo, eu não quero que ele se afaste, nem vá embora, aliás, eu quero ele – Eu não posso fazer isso – falou parando o beijo.
-Mas você quer? – perguntei com uma enorme vontade de puxa-lo de volta, mas também temendo a resposta.
-Muito – falou sorrindo e eu sorri e puxei-o pra mais um beijo. Não sei se é impressão, mas parece que nossos corpos se encaixam, o beijo dele era ao mesmo tempo carinhoso e urgente, como se nunca mais sua boca fosse tocar a minha. Sua mão foi descendo até minha coxa e, apesar de eu ainda não ter recuperado completamente os movimentos das pernas, eu sentia o calor das suas mãos. Ele me pegou no colo de forma que minhas pernas ficaram entrelaçadas em sua cintura e me deitou na cama, descendo seus beijos pelo meu pescoço e abrindo meu sutiã na parte de trás, enquanto uma de suas mãos acariciava meus seios, a outra acariciava minha coxa, subindo até minha bunda e apertando-a. Ele tirou sua bermuda e voltou a me beijar, quando ele começou a tirar minha calcinha, ouvimos meu celular tocando – Não vai atender? – perguntou entre o beijo.
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Um amor pode mudar tudo
Teen FictionJúlia Clark vê sua vida mudar tragicamente ao ficar paraplégica, porém, como dizem, há males que vem para o bem e graças a esse acontecimento ela pode conhecer um amor que vai mudar sua vida.