Capítulo 8

57 7 0
                                    

Acordei com meu celular tocando, eram 08:45.

Ligação on

Ju: alô?

Caíque: Ju? Te acordei?

Ju: não, eu sempre acordo cedo nas minhas férias sabia não? (irônica)

Caíque: calma, só perguntei

Ju: perguntas idiotas merecem respostas idiotas. Agora fala logo o que você quer

Caíque: queria te chamar pra ir na festa que vai ter sábado na casa da Duda

Ju: se ela não me chamou, é porque ela não me quer lá

Caíque: mas eu quero e outra ela nem sabe quem vai ir pra lá

Ju: mas sabe que eu não fui convidada

Caíque: me diz que você pelo menos vai pensar

Ju: se eu te falar isso você vai me deixar em paz?

Caíque: se você estiver sendo sincera, sim

Ju: tá bom eu vou pensar

Caíque: pensa com carinho

Ju: quer saber tchau

Caíque: espera, por favor, vai nessa festa sábado

Ju: não enche, tchau

Ligação off

Não acredito que esse inútil me ligou há essa hora pra me falar isso, o pior é que eu não vou conseguir dormir mais. Será que o Pedro já chegou? Vi a porta abrir devagar e o Pedro entrou sem fazer barulho e começou a olhar minhas coisas que estavam em cima da penteadeira.

-Tá procurando algo? – perguntei e ele se assustou.

-Desculpa, não sabia que já estava acordada – falou ele.

-Acordei sem querer – falei – Mas eai o que veio fazer aqui?

-Seus pais me pediram pra ver o que você tinha e o que, na minha opinião, você gostaria de ganhar – falou – Mas finge que eu não falei – acrescentou sorrindo.

-Meus pais geralmente não me dão nada assim do nada – falei – Acho que porque tudo o que eu queria eu ia e comprava – acrescentei abaixando a cabeça.

-Ótima oportunidade de mudar isso – falou – Eai o que você gostaria de ganhar?

-Nada demais – falei depois de pensar um pouco – Pode ser uma corrente com algum pingente que fizessem eles se lembrar de mim ou eu me lembrar deles, algo que eu pudesse usar como um "medalhão" – acrescentei.

-Nunca imaginei que você fosse gostar de coisas assim – falou.

-Assim como? – perguntei.

-Simples – falou – Sem ofensas, mas você parece ser o tipo de pessoa que tem tudo e sempre vai querer algo melhor do que já tem.

-Exatamente – falei – Eu tenho tudo o que eu quero, mas não tenho nada que alguém tenha me dado porque lembrou de mim ou porque achou minha cara ou, até mesmo, porque achou que eu fosse gostar – acrescentei.

-Então é isso – falou – Uma corrente, ótimo pedido – acrescentou sorrindo – Vou ir lá falar pra eles – falou e saiu do quarto. A Amélia me trocou e colocou uma calça jeans com uma camiseta branca com detalhes pretos. Fui pra sala e meu pai já tinha ido trabalhar e minha mãe estava deitada, afinal ela já está de seis meses. Encontrei o Pedro sentado no sofá mexendo no celular.

-Ei – falei e ele me olhou – Você pode me levar em algum parque? – perguntei.

-To aqui pra isso né? – falou sorrindo e veio me levar até o carro – Qual parque você quer ir? – perguntou.

Um amor pode mudar tudoOnde histórias criam vida. Descubra agora