Capítulo 14

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Hoje é sábado e resolvemos ir embora agora a tarde mesmo, então guardamos tudo e pegamos a estrada. Cheguei em casa era 17:45.

-Querem entrar? – perguntei pro Erik e pra Alice.

-Não, melhor ir pra casa antes que meus pais surtem – falou a Alice rindo.

-Além do mais você também tem que descansar – falou o Erik e eu revirei os olhos.

-Então até algum dia – falei rindo.

-Até – falaram, pegaram suas coisas e foram embora. Peguei minhas coisas e o Pedro me colocou na cadeira de rodas. Quando entrei vi minha prima sentada na sala com o namorado dela conversando com meus pais.

-Mari – falei e ela veio me abraçar.

-Ju que saudades – falou – Como você está? – perguntou.

-Bem e você? – falei.

-Bem – falou.

-Oi Rafael – falei cumprimentando o namorado dela.

-Ju quanto tempo – falou me dando um abraço.

-Pois é, vocês dois sumiram – falei.

-Mas foi por um bom motivo – falou ele sorrindo.

-Desculpa não ter vindo antes te visitar é que eu estava ocupada... – falou a Mari.

-Ocupada? – falei.

-Antes de eu contar essa parte, tenho um pedido pra você – falou sorrindo.

-O que? – perguntei.

-Quer ser minha madrinha no meu casamento? – perguntou sorrindo.

-Madrinha? Casamento? – perguntei sorrindo – Quando você ficou noiva?

-Na época do seu acidente – falou – Por isso não comentei nada, e por isso também não pude vim te visitar, estava organizando tudo pro meu casamento, mas eu sempre ligava pros seus pais pra saber de você e eles me falavam que você mal saia do quarto – acrescentou.

-É, foi bem difícil no começo – falei – Mas agora já estou me recuperando – acrescentei sorrindo.

-Que bom – falou – Mas eai topa ser minha madrinha? – perguntou sorrindo.

-Claro que topo – falei e ela me abraçou.

-Não me importo se você vai entrar andando, de cadeira de rodas ou até voando, mas você tem que estar lá como minha madrinha – falou – Só tem um detalhe – acrescentou.

-Iii – falei – Pela sua cara não é nada bom. Qual o detalhe? – perguntei.

-Uma das minhas madrinhas vai ser minha mãe, claro, se não ela surta – falou rindo – A outra você e a outra eu queria que fosse a tia Raquel, afinal ela é super legal com a gente e sempre nos tratou muito bem, mas ela não está muito bem de saúde e pediu pra mim colocar a filha dela no lugar – acrescentou.

-A Camila? – perguntei e ela assentiu – Meu Deus to vendo que vai ter morte nesse casamento – acrescentei.

-Eu sei, mas você vai ter que se segurar – falou – Eu não tive nem como negar, foi um pedido da tia e, depois de tudo que ela já fez por nós, eu achei que é o mínimo que eu poderia fazer. Além do mais, ela não tem culpa de ter uma filha como a Camila – acrescentou.

-Você quis dizer uma filha chata, nojenta, antipática e muito mais – falei – Totalmente o oposto da tia Raquel – acrescentei.

-Pois é, mas enfim quem ia entrar com a tia Raquel seria o tio Henrique, mas como quem vai ser a madrinha é a Camila, tive que mudar o par dela e coloquei o Caio, que ia entrar com você, pra entrar com ela – falou – Outro detalhe, você aparentemente tá sem par, ai se você quiser entrar com o Caio eu arrumo outro par pra ela, ou se você quiser escolher alguém ou tiver alguém em mente pra entrar com você pode falar – acrescentou – Eu até ia deixar ela escolher, mas ninguém merece isso né, então prefiro que você escolha.

-Coitado do Caio – falei e rimos – Mas pode deixar ele com ela e, se você concordar, eu entro com o Pedro – acrescentei.

-Quem é Pedro? – perguntou me olhando.

-Deixa eu te apresentar – falei – Mari esse é o Pedro, o menino que cuida de mim e Pedro essa é a Mari, minha melhor prima – acrescentei.

-Prazer – falou o Pedro.

-Prazer – falou ela – Bom, se ele topar pode ser – acrescentou.

-Topar o que? – perguntou ele.

-Ser meu par e padrinho no casamento dela – falei e ele me olhou – Por favor Pedro, ou eu entro com você ou eu entro com algum outro moleque, porque não tem mais nenhum primo que eu queira chamar – acrescentei.

-Tá bom – falou e sorriu – Eu entro com você – acrescentou e eu sorri.

-Obrigada – falei e mandei um beijo pra ele que sorriu e abaixou a cabeça.

-Voltando aqui – falou ela – O que tá rolando entre vocês dois? – perguntou sorrindo.

-Por enquanto nada – falei.

-Hum sei... – falou rindo.

-Amor vamos? – perguntou o Rafael.

-Vamos – falou – Ju eu tenho que ir, ainda temos que entregar os convites pra família dele. Quando eu marcar o dia de ir escolher o vestido eu te aviso – acrescentou sorrindo. Me despedi deles e eles foram embora. Fui pro meu quarto e o Pedro veio atrás.

-Você parece bem próxima da sua prima – falou.

-E sou – falei – Apesar de ela ter 23 anos e eu 16 a gente sempre foi muito próximas, ao contrário de mim e da Camila, ela também é mais velha que eu, tem 19 anos, mas é muito fresca, insuportável, antipática, quer que eu continue? – perguntei.

-Não – falou rindo.

-Sempre foi eu, a Mari e o Caio, o trio inseparável – falei sorrindo – O Caio tem 20 anos, mas sempre me ajudou na hora de aprontar, assim como a Mari – acrescentei – Depois ela começou a namorar o Rafa que, apesar de ser dois anos mais velho que ela, sempre aprontava com a gente – falei rindo.

-E o resto da sua família? – perguntou.

-Meus tios são legais, meio doidos, mas super divertidos, a melhor tia que eu tenho é a Raquel, que sempre defendeu e ajudou a gente, quando todos só queriam brigar ou falar merda – falei – E a sua família? – perguntei.

-Não conheci ninguém da família do meu pai e da minha mãe era só ela e uma irmã, que se casou e mudou pra outro estado – falou – Ou seja, é só eu e minha mãe – acrescentou.

-Desculpe... – falei.

-Relaxa, tudo o que você quiser saber é só perguntar que eu conto – falou sorrindo – Vou ir lá ajudar a Amélia – acrescentou.

-Tá bom – falei e ele me deu um selinho e saiu. Deitei e fiquei pensando no que aconteceu desde a viagem até hoje e acabei dormindo em meio a esses pensamentos.

Um amor pode mudar tudoOnde histórias criam vida. Descubra agora