Acordei e o Pedro ainda dormia. Dei beijos no pescoço dele e subi até sua boca, e o beijo logo foi correspondido.
-Tem como acordar de jeito melhor? – perguntou parando o beijo.
-Tem, talvez se estivéssemos em uma cama bem confortável com um ótimo café na cama – falei rindo.
-Só de estar ao seu lado torna o dia melhor – falou se sentando e olhando seu celular – A gente tem que ir, você já perdeu sua aula e...
-Então eu já perdi, não tem mais nada a se fazer a respeito disso – falei passando uma perna de cada lado de sua cintura, ficando sentada em seu colo e levantando seu rosto, de forma que ele ficasse me olhando – Aproveita o momento e esquece o resto, pelo menos por enquanto – acrescentei.
-Mas... – começou.
-Sem mas – falei e beijei-o, suas mãos foram para minha cintura, levantando um pouco a camiseta e ficando acariciando ali.
-Você é incrível sabia? – falou sorrindo – E eu te amo por isso – acrescentou.
-Eu sei – falei sorrindo enquanto ele dava beijos pelos meus ombros e acima dos meus seios – Ahm... você não vai ficar mal por eu não ter falado que também te amo né? – perguntei.
-Claro que não, tudo tem seu tempo e eu sei que você também sente isso por mim – falou sorrindo – Tá muito bom ficar aqui com você, mas a gente tem que ir – acrescentou alternando entre palavras e beijos.
-Infelizmente né – falei.
-Você tem que sair do meu colo sabia? – perguntou.
-E se eu não quiser? – falei.
-Ai eu vou ser obrigado a fazer alguma coisa – falou sorrindo de lado.
-Que tipo de coisa? – perguntei sorrindo.
-Tipo me levantar te segurando e te colocar no chão – falou rindo e, assim que viu minha cara de decepção, acrescentou – Que mente poluída ein dona Júlia.
-Minha mente é muito limpa – falei me levantando e indo dar uma última olhada na janela.
-Tá pronta pra irmos? – perguntou e eu assenti.
-Algum dia vamos voltar aqui? – perguntei.
-No que depender de mim, esse lugar agora é só nosso, vai ser nosso "cantinho", até termos um lugar só pra nós – falou sorrindo e me deu um beijo e então fomos embora. Quando chegamos em casa a Amélia nos arrastou até a cozinha e falou:
-Será que dá pra vocês ao menos me avisarem quando resolverem passar a noite fora?
-Desculpa Amélia, não foi intencional, nem íamos passar a noite fora, mas acabou acontecendo um imprevisto e... – falou o Pedro parando na parte em que a gente dormiu juntos.
-Ai meu Deus, vocês dois... – começou a Amélia nos olhando.
-Sim – falei e o Pedro me olhou – Que foi? Ela ia saber de qualquer jeito – acrescentei.
-Vocês usaram camisinha pelo menos né? – perguntou ela.
-Amélia não somos burros – falei.
-É, mas são adolescentes e vocês só não esquecem a cabeça porque está grudada – falou.
-Melhor eu ir fazer algo pra disfarçar – falou o Pedro e saiu.
-Você contou que não era mais virgem? – perguntou a Amélia e eu assenti – Contou como você perdeu? – perguntou e eu neguei. A única pessoa que sabia sobre eu já ter perdido minha virgindade, como e com quem, era a Amélia, e a Mari desconfiava que eu já havia perdido, mas eu nunca confirmei nem neguei pra ela.
-Não queria contar naquele momento – falei dando de ombros.
-Isso pode esperar um pouco, até porque vocês ainda tem que resolver um problema maior, que é como vocês vão ficar juntos – falou a Amélia.
-Já pensei tanto nisso, agora eu vou deixar rolar por enquanto – falei dando um suspiro.
-Vai dar tudo certo, pode ter certeza – falou a Amélia e eu concordei. Passei à tarde na piscina com o Pedro e a noite fiquei assistindo filme com meus pais, afinal faz um tempo que não faço nada com eles.
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Um amor pode mudar tudo
Teen FictionJúlia Clark vê sua vida mudar tragicamente ao ficar paraplégica, porém, como dizem, há males que vem para o bem e graças a esse acontecimento ela pode conhecer um amor que vai mudar sua vida.