Capítulo 21

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O ÚLTIMO CAPÍTULO REPOSTADO! OS PRÓXIMOS SERÃO ATUALIZAÇÕES MESMO!!!!!

OBS!!: Vai ter um momento em que eu recomendo a vocês escutarem umas certas músicas aí. Por favor, escutem! Faz toda a diferença. (não dá para escutar lendo pelo link que eu coloquei aqui. Mas se puderem, eu coloquei as duas musicas no meu canal do YouTube: BUTTERLOUFLY E NO SPOTIFY - recomendo escutar pelo Spotify que dá pra escutar enquanto lê)

....
No capítulo anterior...

— Alene! — Harry gritou. Olhei imediatamente, e os olhos verdes de Harry estavam arregalados, e sua testa franzida.— Que merda está acontecendo?!

— Oh...— me senti uma estúpida. Olhei ao meu redor. — Harry, estamos no rio Cyprest! — Voltei a olhá-lo e o semblante de Harry parecia mais assustado. Meu sorriso se desfez naquele momento. — O que foi, Harry? Está tudo bem?

   Consegui ver Harry engolindo a seco, e seus dedos apertando ainda mais a lateral da canoa. Sua respiração começou a acelerar e eu passei a ficar preocupada.

— Harry?

— Alene... Preciso te confessar uma coisa. — E o vi apertar os olhos. — é constrangedor... — Deu um sorriso amarelo. — Eu tenho medo de rios, mares, piscinas... Não sei nadar.

Eu não podia acreditar no que Harry estava dizendo. Medo de água? Sério? Ele estava zombando de mim, não é mesmo? Ele tinha que estar. 

   O.K., eu estava sendo um pouco estúpida. Está tudo bem ele ter medo por não saber nadar, mas POR QUE ELE NÃO ME CONTOU ISSO ANTES? É obvio que eu comprei a canoa por mim também, mas o motivo que me fez fazer tanto esforço para consegui-la foi para ver Harry feliz. 

— Me diga que é uma brincadeira. — ri, mas não de felicidade, e sim de nervoso.

   Harry desviou o rosto, tentando escondê-lo de mim, mas ainda conseguia vê-lo pelo seu perfil. Um sorriso fraco ele me deu.

— É estúpido, eu sei. É que... — ele voltou a mostrar o seu rosto a mim. Seus dedos ainda apertavam na lateral da canoa. Ele parecia inquieto. — Como se encara uma abundância que pode te submergir e você não têm o domínio visual dela?

   O quê?

   Admirei o rio e não tinha nenhuma onda. Somente a leve correnteza movia a canoa. Contemplei o pouco que havia dos raios solares, quais superavam as nuvens que faziam o céu nublado, incidindo sobre as águas. Assim, permitiam uma luminescência deslumbrante se manifestar através de cada partícula de água. Posso afirmar também que era impossível não reparar na cor negra do rio e do céu acinzentado, fazendo um contraste incrível com as árvores de uma cor verde vívida. Alguns pássaros voavam e cantarolavam sobre nossas cabeças e a briza balançava os cachos de Harry. Aquilo tudo era um tanto amor. Aquilo tudo era um tanto arte!

— Você ama pintar, certo? — olhava para seu rosto descorado e tenso. O vi soltando um curto suspiro. 

— Quase mais que amo minha mãe. — brincou e tirou o chapéu preto da cabeça. 

— Então! — sorri. — O amor é uma abundância que te submerge e você não o vê. Você o sente! Como você o encara, Harry? — O semblante dele mudou, e no mesmo instante, franziu a testa. Ele parecia pensar.

    O observei morder seu lábio inferior. Eu estava atenta a cada gesto seu, ansiosa para descobrir sua resposta. Harry tirou suas mãos nervosas da lateral da canoa, e as colocou sobre seu joelho, logo o acariciou. 

He Can't See Me • h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora