Capítulo 10

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Foi cansativo ter que louvar a Deus, para mim ele sempre será um personagem um ser que não existe.

- Obrigada por tudo o que fizeram. - Estêvão se despede de nós.

- Não foi nada Estêvão. - Clara disse.

- Foi sim. Foi muito... Clara eu gostaria que vinhesse hoje a noite aqui, para animar mais a minha mãe, ela irá a igreja conosco.

- Claro que sim Estêvão. Virei com certeza. - Disse e por fim entramos no carro.

- Olha eu estou com uma fome sem tamanho. - Clara resmunga .

- Tá, ta bom... Para de reclamar, jã estamos voltando não estamos!?

No caminho falamos de dona Marine, mãe de Estêvão.

- Tenho pena daquela pobre mulher, ela precisa de um psiquiatra e não de uma igreja. - Retruquei.

- É... Eu concordo com você, ela precisa ser internada. - Disse observando as pessoas que passam na calçada.

- Estou mais animada para ir ao bendito culto hoje. - Disse com um sorriso.

- Até imagino porque. - Ana revira os olhos.

- Não está percebendo a aproximação entre mim e Estêvão Clara?

- Claro, ô, que bela aproximação. - Disse olhando para a estrada e eu lhe dou um soco de leve.

- Teresa cuidado! -Ana grita ao ver um carro na rua esquerda saindo em alta velocidade.

A única coisa que consegui fazer foi freiar, e mesmo assim o outro carro esportivo preto conseguiu bater na lateral do meu carro fazendo com que batesse o outro lado num poste.

- Ah filho da $#@# - Ana solta um palavrão.

- Calma... Você tá bem?- Perguntei em choque.

- Sim...

Estávamos tremendo, porém estávamos bem, só não sei a pessoa do outro carro.

Descemos para ver se o motorista estava bem e o mesmo desce no mesmo instante.

- Vocês estão bem?

Ele aparentava ter a idade do meu pai, mas era um gato, olhos azuis, pele clara, cabelos escuros e lisos, alto e com uma voz pra lá de linda.

- Nós estamos sim. - Disse.

- Não, não estamos nada bem cara, você quase matou a gente! Você tá louco ou se faz mesmo? - Anagrita estérica.

- Ana, calma... Não ligue para ela moço. - Digo um pouco invergonhada.

- Você parece um louco dirigindo. - Continuava.

- Perdão, eu estava muito atrasadoe não vi o carro de vocês. - Disse sem jeito. - Mas eu posso arcar com os custo do carro. - Diss olhando para o meu carro. Que no caso é o carro do papai que peguei emprestado sem ele saber. Ele vai me matar se souber disso.

- Tudo bem. Eu vou deixar que pague o que fez. Mas já vou avisando que só vou permitir isso porque meu pai não pode saber disso. Ele me mataria por ter batido o carro mais uma vez.

- Mas existe uma grande diferença Teresa, você não bateu nele mas sim ele em você. - Ana continuava falando alto.

- Tudo bem... Sua amiga tem toda razão. Podemos ir concertar o carro então? - Perguntou.

- Claro. - Digo e entramos em nossos respectivos carros.

Chegando em um dos melhores mecânicos da cidade ele começa a concertar todo o estrago. O que acaba demorando um pouco.

Teresa- Uma Garota Quase Cristã- Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora