Depois da longa conversa entre mim e Teresa, ela finalmente decidiu ir para casa. Não que eu a deteste, eu até gosto dela, no entanto quem eu amo é a Sarah, eu nunca a esqueci, por mais que eu tentasse esquece-la mais eu lembrava dos bons momentos. Meu casamento com Elsa não foi para frente por isso, eu não parava de pensar nela.
Joguei o copo de whisky contra a parede depositando ali um pouco da minha raiva.
-Então Sarah, você quer brincar comigo não é!? Quer que eu sua filha nos case para reparar o estrago? Má escolha. Eu irei fazer dela a pessoa mais infeliz deste mundo.
Comecei a caminhar até o bar que fica localizada quase no meio da sala e pego algumas garrafas de vinho. Sento no banco em frente ao balcão me servindo uma taça.
- Stefan, Stefan, Stefan.... Se você não existisse seria tudo mais fácil. Mas eu não sou tão sangue frio ao ponto de te matar, visto que se eu fizesse isso seria o suspeito número um. - Conclui comigo mesmo.
Ergui minha cabeça olhando para o teto forrado e voltei novamente para o meu campo de visão. Se eu fosse fazer tudo que viesse na minha cabeça estaria ferrado.
A campainha toca, espero que não seja a chata e inútil da Teresa.
Abro a porta e minha visão encontra minha sombra, não é exatamente minha sobra mas age como se fosse, essa mulher não vive sem mim.
- Então, o que quer Lorena, me falar que suas tentativas com Stefan falharam novamente? O que ele é afinal gay? - Caminhei devolta para o balcão onde estava.
- Isso já está me enchendo Miguel, eu não vou mais me rebaixar, estou cansada de me jogar para ele. - Deixou sua bolsa no sofá e caminhou até o balcão.
- Então quer dizer que não é mulher o suficiente para agarrar o seu homem?
- Claro que eu sou mulher suficiente, o que acontece é que ele agora é pastor, além de pastor ama a esposa, oque quer que eu faça? - Servia vinho para si. - Você bebe vinho?
- O whisky acabou. - Disse bebericando meu vinho
- Além disso eu nem o amo, Stefan não me atrai mais. Acho que nem tempo para esposa ele tem imagina para mim. Eu só estou nisso para te ajudar. -Se aproximou.
- Sei, sei... Mas como nada é de graça...
- Sim, eu quero o dinheiro adiantado. - Disseme abraçando por trás.
- Eu sabia que era isso. - Disse confirmando minhas suspeitas.
- Mas não vim atrás só disso. - Me virou para si.
- Eu pensei em você a noite toda. - Me beijou.
- É bom não se apaixonar, eu já estou comprometido.. - Brinquei devolvendo o beijo.
- Comprometido coisa nenhuma, você só está saindo com aquela metidinha. - Bateu no meu braço.
- É bem mais sério do que pensa Lorena. Os santarroes dos pais dela descobriram tudo e querem que eu case com ela.
- E você vai casar com ela?
- Sim. - Disse tirando altas gargalhadas de Lorena.
- Você? Casar com a filhinha deles? Ahhh fala sério Miguel.
- Sim. Eu vou casar.
- Está falando sério? O lance com a garota é sério de verdade?
- É claro que não, eu não sinto absolutamente nada por ela, gosto, sinto atração... Nada mais que isso. - Terminava minha taça
- Se não sente nada, então porque vai casar? - Enrrugou a testa.
- Porque é conveniente para mim. Estando perto da familia é bem melhor, eu posso chantagear a Sarah e ela acabará ficando comigo. Se ela não fizer isso a filhinha dela irá sofrer muito, não será trabalho nenhum fazendo isso já que as vezes não a suporto.
- Como você é mal. E é isso que eu gosto em você. - Nos beijamos.
Caminhamos aos beijos até a porta do meu quarto e mais uma vez dormimos juntos, aquilo já estava ficando monótono e chato. Eu já não sentia tanto desejo como sinto pela Teresa. Dormir com Lorena já estava na rotina.
- O que tá acontecendo meu amor. - Beijava minhas costas.
- Não podemos continuar. - Afirmei caminhando para o banheiro.
- Como assim? - Me seguiu.
Liguei o chuveiro e entrei embaixo dele. Senti as mãos de Lorena me envolver.
- O que tá acontecendo com você? Porque não me quer mais? Enjoou de mim?
- Sim. - A respondi.
- Não acredito que me trocou por aquela fedelha.
- Troquei claro, ela é jovem, tem um corpo maravilhoso, sua pele é macia e seu beijos são mais quentes e envolventes. Você, você não chega nem ao seus pés. - Esclareci.
- Você é um cachorro - Bateu em minha face.
- E você gosta. - A empurrei contra a parede e nos beijamos.
Lorena gostava do que eu a oferecia, eu tinha o que ela queria sempre, mas isso já me cansou e eu preciso dar um fim. Ela não conseguiu conquistar Stefam , oque eu iria querer mais? Estava na hora de dispensa-la.
- Agora vai sai daqui. Eu não preciso mais de você, como disse Stefan não vai trair a Sarah com você. Se ele não fez isso eu vou fazer com que a Sarah faça.
-Um dia você vai precisar de mim Miguel e sabe o que eu vou dizer? Se vira! - Saiu pisando firme do banheiro.
Depois do banho caminho para o meu quarto, me visto e caio debruçado em minha cama.
A campainha toca novamente.
- Droga Lorena. - Murmuro.
Abri a porta com a cara mais feia do mundo para ver minha mãe parada na porta.
- Mamãe... - Desmanchei a cara e abri passagem para ela entrar.
- Filho, porque desgraçou a vida da Teresa?
- Eu desgraçei? Não mamãe ela quis, eu não coloquei uma arma na cabeça dela. Além disso, nos amamos.
- A quem você quer enganar Miguel? Eu sei que ainda sente algo pela Sarah.
- Está enganada. Eu já a esqueci.
- Com tantas mulheres nessa droga de país e você tinha que escolher a Teresa filho?
- Ninguém manda no coração mamãe.
- Ninguém manda no coração mamãe. -Me imitou com uma voz engraçada. - Não me venha com isso seu sem vergonha. - Bateu em mim com a bolsa, ela estava mesmo furiosa.
- Calma dona Marina eu não sou mais nenhuma criança.
- Mas age como uma! - Gritou. - Ouça bem Miguel Somers, se você não fizer a Teresa feliz você vai conhecer quem é Marina Bennett. - Gritou apontando o dedo no meu rosto.
- Não se preocupe mamãe, o que eu mais quero é fazê-la feliz.
- Ótimo. - Olhou para mim com a cara emburrada.
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Teresa- Uma Garota Quase Cristã- Livro 2
EspiritualA vida nunca foi tão complicada para Teresa Dominick como agora, fingir para os seus pais e uma congregação inteira ser cristã, estava cada vez mais difícil. Seu pai(Stefan), um pastor reto e cheio de méritos e sua mãe (Sarah), cantora e serva fie...