Capítulo 2

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...No dia seguinte

Acordo cedinho, preciso sair desse hospital, como eu disse e torno a repetir, detesto hospitais, não suporto nem o cheiro.

- Bom dia filha, olha eu poderia jurar que estava dormindo, para você acordar as seis da manhã só estando em um hospital. - mamãe brincou.

- Eu quero ir embora agora mesmo. - resmungo levantando da cama.

- Foi exatamente por isso que vim aqui, seu pai acaba de te dar alta. - disse sorridente. - por sorte você não fraturou nada, só alguns arranhões, alguns machucados, nada que não resolva com remédios.

- E por que ele mesmo não veio me dizer isso?

- Ele está atendendo outras pacientes, então achou melhor me entregar o papel de alta e trazer.

- Hm... Sei. - arqueio uma das sobrancelhas. - Vou me vestir e vamos. - digo caminhando até uma das minhas bolsas de roupa.

- Mas não vai nem tomar um banho antes?

- Qual foi a parte do "eu odeio hospitais" que você não entendeu mãe? - indaguei ríspida.

Nunca havia visto um olhar tão furioso como o que mamãe me olha. Eu realmente tinha exagerado um pouco.

- Desculpa mamãe, é que esse hospital me deixa muito estressada, muito mal... - tentava me justificar.

- Isso não é motivo para responder-me da maneira em que respondeu Teresa, eu sou a sua mãe e não suas amiguinhas, da próxima vez que me responder desta forma não irei me reprimir de lhe dá uma bofetada.

- Ah, não exagera mamãe. - reviro os olhos e sorrio.

Mamãe nunca me bateu, porque ela bateria agora que sou quase uma mulher feita? Faça-me o favor, ela sempre ameaça, mas nunca cumpre com as ameaças, sempre foi assim. Bom quase, a última vez que apanhei dela foi quando descobriu que andei fumando as escondidas e namorando, com o filho de uma delas, a empregada, mãe do garoto, nos flagrou no banheiro, tomando banho juntos, tinha treze anos, foi uma surra e tanto. Depois disso nunca mais vi meu ex namoradinho Greg.

- Olha, quando eu tinha a sua idade eu nunca respondi o seu avô, e se respondesse levava uma chinelada.

- Isso foi no seu tempo mamãe, por favor né, estamos no século vinte e um.

- Só porque estamos no século vinte e um não devemos respeitar mais os pais? Por favor eu quem digo Teresa. - resmungou.

- Está bem mamãe, está coberta de razão. - deivo braço a torcer para não discutir. Não estava nem um pouco afim de discutir com ela. - Agora eu vou me arrumar para sairmos logo daqui. - caminho até o banheiro.

... Chegando em casa mamãe estaciona o carro, moramos em uma mansão um pouco afastada dos prédios e casas da cidade, uma distância razoável vamos dizer assim. Mas eu amo a minha casa, tem espaço, piscina, tudo que sempre quisemos... Graças a Deus minha mãe casou com meu pai, ele é rico e me dá tudo o que eu quero, nunca me faltou nada.

- Cuidado para não se machucar querida. - mamãe alertou ao me vê andando rápido. Ela fecha a porta do carro e carrega algumas bolsas minhas enquanto eu me dirijo á mansão.

Até parece que tenho três anos, além disso eu não estou morta, posso muito bem andar normalmente, mamãe e seus cuidados exagerados.

- Tudo bem mãe, eu estou legal! - berro adentrando na sala. - Clotilde! - grito pó ela e em seguida deito no sofá.

- Sim senhorita. - ela surge logo me atendendo.

É uma das empregadas, tem pele quase translúcida, olhos esverdeados é magra, baixa e seus cabelos longos estão presos em um rabo de cavalo.

Teresa- Uma Garota Quase Cristã- Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora