Capítulo 25

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Era seis horas da noite, eu já tinha me recuperado do pesadelo, mas nada me tirava da cabeça que meu pai era capaz de fazer algo parecido.

Alguém bate na porta do quarto, deve ser Magda, ela saiu do quarto preocupada, foi pegar água para mim coitada, tão velha e eu a preocupando com meus problemas.

Puxo a porta e dou de cara com a mamãe.

- Precisamos conversar Teresa. -Mamãe entrou no quarto com uma cara horrível, se eu a conheço bem... É, Marina deve ter contado sobre eu e o Miguel, mas ela está calma demais da conta.

- O que foi? - Perguntei e no mesmo instante sou respondida por um tapa no rosto.

Achei que quem fosse fazer isso fosse o papai, mas meu sonho inverteu a situação.

- Você é uma qualquer. Como me invergonha Teresa. - Gritou.

- Não tem o direito de fazer isso mamãe. Eu me apaixonei, na verdade eu amo o Miguel.

- Teresa você dormiu com ele! Como teve coragem? - Me olhava com nojo.

- O que? Tá com ciúmes por acaso? Dormi e durmo de novo. - Gritei na sua cara.

- Cala a boca! - Bateu no meu rosto mais uma vez.

Estava sentindo muita raiva, tanta que se ela me batesse denovo era capaz de devolver o tapa. Meu corpo chegava a tremer de raiva, mas para não devolver-lhe as bofetadas apenas chorei, sem soluçar, as lágrimas apenas caiam livremente.

- Eu te odeio. - Gritei.

- Você estragou a sua vida, cuspiu no rosto de Deus!

- Eu estou pouco me lixando mamãe. - Gritava. - Eu o amo, entenda isso!

- Ele tem idade de ser seu pai! - Gritou.

- Mas não é droga! - Respondi no mesmo tom, quando o papai entrou no quarto.

- Iremos manda-la para fora do pais. - Afirmou a mamãe.

É, pelo visto meu pesadelo inverteu os papeis, agora só falta eu sair correndo. Visto que se eu fizer isso, alguém irá sacar uma arma e eu não vou pagar para vê o que acontece depois.

- Acalme-se Sarah. - Papai parecia calmo demais.

- Acalmar-se? Stefan a sua filha teve relações com ele. - Relembrava.

- Certo. E isso não vai ficar assim, irei castiga-la.

- Mas castigo é pouco perto do que ela fez Stefan não se dá conta? - Mamãe gritava insatisfeita.

- Sim. Correto, e por isso ela irá casar-se com ele. - Respondeu me surpreendendo.

- O quê? - Mamãe arregalou os olhos. - Você só pode estar brincando não é?

- Isso é muito Sério Sarah. Jamais brincaria com uma coisa dessa.

- Papai... - Tentei falar mas logo fui interrompida.

- Vamos ver se o Miguel a ama como diz Teresa, vamos vê se a ama ao ponto de casar-se com você.

- Está exagerando e precipitando as coisas papai. - Disse sem reação.

- Teresa tem razão, Stefan, você não pode fazer com que eles se casem, ele não a ama! Só irá fazer nossa filha sofrer.

- Claro que ele me ama mamãe! Não inverta as coisas. - Retruquei.

- Ele não te ama Teresa, só quis te usar. - Mamãe relutava.

- Não adianta Sarah, não brigue mais. Porque não há pior cego do que aquele que não quer vê. Ela está tão convencida, então eles irão casar, já que se amam tanto viverão juntos, e ai sim eu quero vê e assistir tudo bem de perto. Eu quero vê ela quebrando a cara, sofrendo e se quebrando inteira. - Disse com segurança e dureza.

Teresa- Uma Garota Quase Cristã- Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora