Teresa- Uma Garota Quase Cristã- Livro 2

Capítulo 32

Após ser tirada a força do quarto de Magda, ameaçar processa-los e gritar aos quatro ventos que eles não são nada, Miguel, mamãe e papai surgem para tentar me acalmar. Embora não quisesse ficar calma aplicaram uma injeção em mim a força.

Dentro de poucos minutos senti meu corpo amolecer, no mesmo momento fui levada para um quarto de repouso acompanhada pela mamãe.

Talvez eu tenha exagerado no que eu fiz e disse, mas eu não me arrependo de nada. Magda é como uma mãe para mim, se ela morrer eu não sei o que será da minha vida. Cedada eu sinto meus olhos pesarem, mas luto contra o calmante, o que eu menos queria era dormir.

- Eu não imaginei que fosse reagir dessa forma Teresa, sabia que ia ficar mal, mas chegar a esse ponto?

- Eu não preciso de repreensão agora mamãe. - Afirmei.

- Filha, você arranhou um medico e quis bater no enfermeiro porque não te deixaram ficar ao lado da Magda. - Relembrava para mim.

- Me deixa me paz mamãe. - Dei se ombros.

Talvez mamãe estivesse se sentindo mal por eu ter feito o que fiz, deve saber que não faria tudo isso se fosse ela que estivesse internada.

Depois das palavras de repreensão da mamãe, acabo adormecendo contra a minha vontade.

[...]

Abri os olhos lentamente ainda sonolenta e meus olhos avistam Estêvão, pisco os olhos para que minha visão se adapte a luz e para ter certeza de que não estou alucinando. Me coloco sentada na cama.

- Oi... - Seu "oi" saiu fraco.

- Estêvão, o que você faz aqui? - Perguntei confusa.

- Eu e a sua mãe nos encontramos no hospital por acaso. Vim aqui saber como a Emily está, encontrei sua mãe e ela pediu para que eu ficasse com você enquanto ia em casa.

- O que a Emily tem? - Perguntei curiosa.

- Ela tem asma, as vezes ataca e ela precisa vim para o hospital.

- Hm...

- Teresa, porque não me disse que ia se casar?

Encarei Estêvão sem saber o que lhe dizer.

- Na verdade nem eu mesma sabia que ia me casar. - Encarei o chão.

- Como assim? - Seu olhar se fez em um misto de curiosidade e decepção.

- Eu e o Miguel dormimos juntos, meus pais descobriram e nos obrigaram a casar.

- Serio? Mas você o ama?

- Voltei! - Mamãe entra no quarto me salvando da pergunta de Estêvão. - Muito obrigada por ficar com a minha filha querido. - Agradeceu com um sorriso.

- Não foi nada Sr. Bennett. - Estêvão me olha por um instante e sai.

Ele gosta de mim? Porque tive a impressão de que ele está decepcionado e magoado?

- Como se sente meu bem? Trouxe comida, sei que não gosta de comida de hospital.

- Mamãe, desde que horas Estêvão está aqui?

- Não sei exatamente Tessa, mas tem umas duas horas eu acho, porque?

- Não, por nada...

"Ele ficou duas horas aqui no quarto me olhando, porque eu não acordei antes, porque?"

- Olha, você precisa comer,tem muito tempo que está dormindo.

- Está bem... - Revirei os olhos e peguei o prato. Mamãe me observou comer o tempo todo, sem falar uma palavra.