Capítulo 17

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*HEY PESSOAL, ESTAMOS A TRÊS CAPÍTULOS DO SEGUNDO TALK SHOW, JÁ PODEM MANDAR UMA PERGUNTA!
É aquele esqueminha: pra mandar a pergunta, só precisa avisar para qual o personagem (ou personagens) é a pergunta. Por ora, vou pedir só uma pergunta, aí conforme for passando os capítulos vou liberando mais, okay?*


《Katherine Adams Kohls》

Após mais um dia exaustivo na SHIELD, segui até o banheiro e tentei ficar o mais apresentável possível. Levei uma troca de roupa e coloquei, um jeans e uma blusa preta que deixava os ombros à mostra. Quanto ao meu cabelo, aprimorei um pouco o rabo de cavalo que fiz e então saí do banheiro. Pietro estava esperando por mim.

- Katherine. - Ele disse com seu sotaque característico, e senti que os pelinhos dos meus braços se arrepiaram por baixo da blusa.

- Sim? - Ele parecia levemente preocupado.

- Gostaria de falar com você...

- Estou ouvindo.

- ... Sobre esse amigo intercambista. - O observei por um instante. Sabia que aquilo aconteceria, teria que falar sobre o Loki em algum momento.

- O que tem ele? - Perguntei simulando inocência. Teria que tomar muito cuidado com as palavras.

- Acha que ele tem um bom caráter? - Parei para pensar por um segundo. De certa forma, Loki havia passado por muitas coisas ruins, porém não significava que ele era mau. Era só uma reação a tudo que acontecera em sua vida.

- Acredito que sim.

- Você não o acha meio... Estranho? - Respirei fundo. Sabia que estava preocupado, mas não estava com vontade de responder um interrogatório.

- E quem não é meio estranho, Pietro? Eu conheci há pouco tempo um cara que literalmente vira uma fera quando fica irritado; quer alguém menos estranho que isso? - O platinado se manteve em silêncio, até que seus olhos se fixaram nos meus, e havia uma certa urgência por trás deles.

- Você confia nele? - Paralisei. Havia sido pega de surpresa, de todas as perguntas que imaginei que ele faria, me esqueci da mais importante. Eu confiava no Loki? Ainda era muito cedo para dizer. Ele era o deus da mentira, ninguém em sã consciência confiaria nele. Mas eu não gostaria que alguém me definisse por um rótulo, então tentava não fazer isso, até mesmo com o trapaceiro de olhos verdes hipnóticos. Ainda não estava preparada para responder àquela pergunta sinceramente.

- Confio na Sage. Ela sabe o que está fazendo, jamais abrigaria o maníaco da serra elétrica dentro de casa. - Só um deus assassino com prováveis distúrbios de personalidade.

- Certo. - Ele mantia seus olhos fixos nos meus, como se tentasse arrancar a verdade de mim. Não me importei, estava acostumada a dizer qualquer coisa olhando nos olhos de outra pessoa, era um exercício muito praticado em meu curso de teatro. E também, eu adorava observar de perto a imensidão azul que eram os olhos de Pietro Maximoff. Vi pela minha visão periférica que Steve estava passando por ali, e rapidamente me virei para ele.

- Steve. - Ele se virou para mim. - Aquela carona ainda está de pé? - Ele sorriu.

- Claro. - Voltei a olhar para Pietro.

- Te vejo amanhã. - Comecei a andar, não dando a chance dele dizer mais nada, não estava com cabeça para aturar sermões, muito menos do cara que eu estava gostando. Não queria ter que gostar menos dele, era o que acontecia quando alguém tentava mandar em mim. Eu sabia cuidar de mim mesma. O Capitão educadamente abriu a porta para mim, o que fez um pequeno sorriso surgir em meus lábios e meu mau humor diminuir um pouco. Steve Rogers era um cara das antigas. Tive vontade de rir ao pensar nisso, começamos a andar e depois o loiro se virou para mim. Quando me dei conta, já estávamos em uma garagem, e eu não fazia ideia de como havia parado lá.

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