Capítulo 3

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Passados dois dias, Maite, todavia, não conseguia parar de pensar no quase beijo que Christian havia lhe dado e ao qual ela não teve reação alguma. A morena respirou profundamente e voltou ao preparo das receitas nas quais estava trabalhando. Precisava dar uma inovada no cardápio do restaurante e, por isso, estava na enorme cozinha do mesmo desde as seis e meia da manhã. Maite andava de um lado para o outro pegando ingredientes e mexendo em panelas que estavam ao fogo, ora ou outra parando para beber um pouco de água e fazer anotações em um caderno. As duas da tarde analisou os resultados e as anotações, experimentou as quatro receitas que havia feito e sorriu satisfeita. Seu pai, onde quer que estivesse no imenso céu azul, se orgulharia de seu esforço e da filha que havia criado sozinho com tanto esforço. Maite dedicava todo o seu triunfo ao pai que lhe ensinara o amor à culinária.

— E tudo isso é por você, papai — ela sussurrou emocionada e com um sorriso maravilhado nos lábios.

— Mai? — Anahí chamou-a e a morena a olhou com um sorriso encantador. — Outra receita? —perguntou sorrindo.

— Quatro — respondeu Maite e Anahí arregalou os olhos e depois sorriu largo.

— Essa é a minha garota — Anahí disse e as duas riram. — Tem pra mim? — Anahí era esbelta, com um corpo de curvas generosas e muitos a comparavam com a boneca Barbie de tão belo corpo que possuía, mas tal não significava que seu apetite era pouco. Não mesmo.

— Eu como bem, mas não tanto, Ana. Só experimentei para ver se ficou bom — Maite respondeu rindo e serviu as duas. Sentaram-se a bancada e Maite esperou a reação de Anahí. A bela mastigou com um olhar critico e depois de engolir deu um largo sorriso.

— Já te disse que amo receber para ser sua degustadora? — Anahí perguntou e Maite riu divertida e satisfeita.

— Ficou bom mesmo? — os olhos de Maite brilhavam.

— Ficou ótimo. Sério. Muito. Muito bom — Anahí disse entre garfadas e Maite riu enquanto começava a comer. As duas comeram um pouco das quatro receitas e depois beberam suco natural de laranja. — Já conseguiu entregar todos os convites?

— Já, graças a Deus já — Maite sorriu e Anahí pensou que ela era milhões de vezes mais agradável do que demonstrava para as pessoas.

— Você ainda não me contou como foi na casa do Christian, toda vez que eu pergunto você não me responde — Anahí deixou transparecer sua magoa e Maite suspirou e contou tudo.

— E quando estávamos nos despedindo na porta, ele me deu um beijo na bochecha, mas que pegou no canto da minha boca — a morena ficou ruborizada e os lindos olhos azuis de Anahí se arregalaram e depois brilharam junto ao sorriso que apareceu em seus lábios. — Por que diabos você está sorrindo? — Maite resmungou e Anahí riu.

— Você não fica vermelha por nada, nada te deixa envergonhada e você ficou vermelhinha falando do quase beijo e sua expressão foi sonhadora — Anahí disse e Maite bufou.

— É vergonhoso que o meu maior rival tenha quase me beijado e não, a minha expressão não foi sonhadora — Maite retrucou.

— Você não viu — Anahí desafiou.

— Não vou discutir com você. Não vale a pena e sei que não vai tirar isso da cabeça — Maite deu de ombros e Anahí riu. Maite olhou no relógio: quatro da tarde. — Tenho que encomendar os novos cardápios e um banner para colocar na recepção no máximo amanhã falando sobre os novos pratos para estreá-los na festa.

— Quer que eu vá? — Anahí se ofereceu.

— Não, obrigada, eu quero andar um pouco, passei o dia aqui — Maite levantou e juntou os pratos e talheres que ela e Anahí usaram.

Eu sou o melhor... pra vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora