Capítulo 1

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— Você tem que parar com isso Maite, já não aguento mais – resmungava Anahí andando pela sala da casa delas. — Você não cansa de falar mal do Christian? Sabe? Às vezes eu acho que você é louquinha por ele — cutucou sorrindo para Maite que engasgou com o vinho tinto que tomava.

— Mas nunca que eu vou me apaixonar por aquele nojento, babaca, ridículo...

— Chega! — Anahí perdeu a paciência e Maite nada mais falou. — Agora você cala a boca, né? — a morena balançou a cabeça negativamente.

— Não fala assim – Maite fez bico e Anahí foi para a cozinha. — Annie — ela chamou dengosa se encostando ao batente da porta e a amiga riu, Maite pulou em suas costas. — Eu não gosto dele, ok? Nem um pouquinho — alegou apesar de nem ela mesma ter certeza disso.

— Se você diz... — Anahí conhecia Maite, via nos olhos dela que apesar de xingá-lo seus olhos brilhavam ao falar de Christian.

— Vamos comer — disse Maite destampando as panelas e colando o devido talher em cada uma delas. — Hummm, esse cheiro me abre o apetite — a comida era simples, mas nada melhor do que comida caseira e fresquinha. E, aliás, a morena já estava enjoada da comida que fazia todos os dias em seu restaurante.

— Amo sua comida, gata — Anahí revelou e Maite sorriu convencida.

— Por isso eu sou uma das melhores Chefes de Cozinha do país — Anahí suspirou.

— Eu tenho que aprender a não te elogiar tanto — lamentou e Maite riu.

∞∞∞

— Christian! — gritou Dulce da sala. — A comida tá pronta ou você vai deixar sua irmã predileta morrer de fome? — resmungou.

— Nem sendo a única você é a minha irmã predileta María — respondeu o gato vindo da cozinha com uma travessa com lasanha em mãos.

— Eu também te amo José — a ruiva mostrou a língua e então os dois se serviram. — E a Maite, ela está bem? — perguntou para cutucar o irmão. — Hein? – Christian a olhava ameaçador.

— E eu é que sei? Quem tem que saber é ela e não eu — deu de ombros.

— Mas você gosta dela e quando a gente gosta das pessoas procura saber se elas estão bem — Dulce disse.

— Quem disse que eu gosto dela? — Christian olhou Dulce com os olhos arregalados. — Você é mais louca do que parece Dulce — balançou a cabeça negativamente.

— Ah, porfa Chris, admite pra mim, você gosta dela, eu vejo isso nos seus olhos — Dulce conhecia o irmão melhor do que ele mesmo e sabia que lá no fundo ele gostava de Maite.

— Por que você insisti nisso? Não sinto nada por ela, a não ser desprezo, afinal aquela bandida tentou arruinar meu restaurante e acabou com o meu noivado com a Angelique — resmungou.

— Aquela bandida roubou seu coração José, isso sim — ela olhou séria para ele, comeu o último pedaço de sua lasanha e ia se levantando quando Christian começou a falar.

— Eu não sei Dul, eu não quero gostar dela, mas quando a vejo meu coração dispara e minhas mãos tremem — disse e Dulce se acomodou novamente no chão. A ruiva assentiu e ele prosseguiu. – Sabe, é como se nada mais existisse e fossemos apenas nós dois — suspirou. — É estranho, sabe? Eu nunca senti isso nem pela Angel e sentir isso pela minha inimiga é, no mínimo, bizarro — desabafou e sentiu os braços da irmã o envolvendo em um abraço acolhedor e amigo.

— Ei, relaxa amorzinho, vocês não são inimigos, são concorrentes e gostam de implicar um com o outro — eles riram. — Ás vezes, quando convivemos muito com uma pessoa, mesmo que seja implicando e discutindo o tempo todo, nosso coração e nossa mente nutrem por ela um carinho, afeto e, até mesmo, amor que nem nós mesmos sabemos explicar, porque, na verdade, não queríamos sentir isso — Dulce disse. — É normal, bebê — Dulce sorriu e beijou o rosto do irmão. Levantou-se e juntou os pratos que haviam usado. — Vou lavar a louça — disse e foi para a cozinha.

Eu sou o melhor... pra vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora