— Maite, pra onde estamos indo? Eu estou bem vestido? — Christian perguntou olhando ao redor e reconhecendo o bairro onde os pais moravam depois de muito rodarem pelas redondezas.
— Surpresa, amor. E sua roupa está ótima — Maite respondeu sem desviar os olhos da estrada. Christian vestia uma calça jeans escura e uma camisa branca de manga comprida por dentro da calça, mas que estava enrolada até os cotovelos, e um sapatênis preto.
— Esse é o bairro onde meus pais moram — ele disse tentando colher alguma informação.
— Eu sei — ela respondeu somente.
— Por que estamos aqui? — Christian insistiu.
— Será que eu vou ter que te vendar e te amordaçar? — Maite olhou-o de lado com uma de suas sobrancelhas bem desenhadas arqueada.
— Só se estivermos sozinhos no quarto e tiver um joguinho tipo aquele da primeira vez — Christian respondeu com um sorriso safado e malicioso estampado nos lábios. Maite balançou a cabeça negativamente e não respondeu. Christian sorriu satisfeito. — Amor, é a rua dos meus pais — Christian disse se inclinando para frente.
— Eu sei — Maite continuou com a postura ereta e olhando para frente.
— Você está parando em frente à casa deles — Christian tinha a testa enrugada.
— Eu sei — Maite repetiu.
— Tá tudo escuro lá dentro — Christian olhou-a.
— É, eu vi — Maite respondeu olhando para a casa e desligando o carro.
— Por que estamos aqui? — Christian perguntou.
— Amor, você está parecendo uma criança — Maite o repreendeu e pegou o celular. — Por que não para de fazer tantas perguntas e confia em mim? — sugeriu enquanto digitava.
— Eu só quero...
— Amor? — Maite revirou os olhos e Christian se calou. — Vamos, desce — chamou e abriu a porta, descendo do carro. Enviou a mensagem.
Quando Christian desceu e fechou a porta, Maite apertou o botão do alarme na chave, trancando o carro e andando até o portão em seguida, destrancando-o e o abrindo para que entrassem.
— Onde conseguiu a chave? — Christian perguntou.
— Dá pra parar com essas perguntas? Por favor? — Maite pediu juntando as mãos em sinal de suplica.
— Eu estou curioso, poxa — Christian fez bico e passou por Maite, esperando enquanto ela trancava o portão.
— Eu te amo — Maite sussurrou segurando o rosto de Christian e beijando-o. — Muito. Nunca duvide disso — continuou com a boca ainda colada a dele que a segurava pela cintura.
— Eu sei, gatinha. Eu também te amo, te amo muito — Christian respondeu envolvendo-a com os braços, cheirando o cabelo dela que estava preso em um coque alto. — Gosto do seu cabelo solto — sussurrou fazendo careta.
— Mais tarde eu resolvo isso, agora a gente precisa entrar — Maite deu mais um selinho nele e os dois andaram até a porta de mãos de dadas. — Preparado? — perguntou parando em frente à porta.
— Não — Christian respondeu e Maite riu virando a chave na fechadura e destrancando a porta.
Almas Transparentes – Christian Chávez
A música começou a tocar quando a porta foi aberta e tudo o que viam era um grande breu. Uma luz fraca se acendeu em um canto, mas tudo ao redor continuava escuro. Outra luz se acendeu ao longe e Christian começou a ver sombras. Olhou para Maite e ela apenas sorriu. Deu um passo à frente e mais algumas luzes se acenderam. Parou novamente olhando atentamente e começou a distinguir silhuetas de corpos em movimento. Havia pessoas ali. Christian arregalou os olhos e olhou outra vez para Maite.
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Eu sou o melhor... pra você
FanficMaite e Christian eram "inimigos", afinal um queria derrubar o outro no ramo gastronômico. Faziam parte dos Chefes de Cozinha mais requisitados de comida mexicana. Orgulho e competitividade definiam a ambos e os fizeram negar até não aguentarem mais...