Capítulo 6

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Durante todo o caminho até a casa de Maite, nenhum dos dois disse palavra alguma, somente para que Maite dissesse onde morava. Christian parou em frente à casa da morena e continuaram em silêncio por algum tempo.

— Obrigada, por tudo, Chávez — Maite quebrou o silêncio, porém não o olhou. — Obrigada pelas danças, pelas bebidas, por me trazer... E...

— De nada — Christian a interrompeu. — Obrigado você por me mostrar que podemos ficar próximos sem brigar — enfim se olharam e sorriram.

— Boa noite — Maite estendeu a mão.

— Boa noite — Christian segurou a mão dela e se aproximou, mas o beijo não foi na bochecha, foi na boca. Um "selinho" demorado que fez as pernas de Maite ficarem bambas.

— Tchau — Maite disse ao se separarem e desceu rapidamente do carro.

— Bons sonhos — Christian desejou olhando-a pela janela do carro.

— Pra você também — Maite disse, entrou e trancou o portão. — Cuidado — acenou e Christian sorriu. Ela subiu uma escadinha de cinco degraus e o moreno saiu quando ela entrou.

— Ai meu Deus! Eu estou ficando maluca! Não há outra explicação — Maite disse encostando-se contra a porta, com a respiração pesada. — Isso é um pesadelo! Acorda Maite! Acorda! — gritou jogando-se no sofá. Uma hora e meia depois Anahí chegou.

— Mai? — a bela chamou cutucando Maite.

— Estou em Marte — respondeu e Anahí gargalhou.

— Está em Marte, é? Da última vez que você disse isso foi quando saiu com um cara que te deixou sem sentar direito por uns bons dias— Anahí riu alto, gargalhando. — O bonitão te deu uns pegas, foi?

— Imbecil — Maite resmungou. — Não, ele não me deu uns pega, mas ele me beijou — contou e Anahí gritou histérica.

— Como assim?! Conte-me mais sobre isso — escandalizou puxando Maite e a fazendo sentar-se. — Me conta! Vai! Me conta!

— Viemos o caminho todo em silêncio, a única vez que falamos foi para dizer o endereço... Quando chegamos, eu agradeci e estendi a mão para me despedir, daí ele me puxou e se aproximou e me deu um selinho... Um selinho demorado... Demorado demais... Então eu desci e quando entrei ele foi embora — Maite contou quando se sentou sobre as pernas, ajoelhada no sofá.

— Oh my God! Oh my God! — Anahí gritava e pulava em histeria.

— Para! Já é mais de uma da manhã! Para de gritar! — Maite puxou-a para o sofá. — E "ai meu Deus" mesmo, porque isso é loucura! Eu não posso deixar que ele faça isso! Não sou uma adolescente apaixonada e não vou cair nesse jogo de sedução dele só porque, uma vez na vida, tivemos uma boa convivência e até dançamos juntos — Maite disse com o rosto vermelho, quase explodindo em lágrimas. — Eu não sou boba, Annie! Não sou! — as últimas palavras saíram num sussurro enquanto as lágrimas escapavam.

— Se acalma, Princesa — Anahí disse a abraçando. — Você não é boba, eu sei disso e o Christian vai perceber — ali as duas ficaram abraçadas até que adormeceram.

∞∞∞

Desde as sete da manhã, Maite estava de pé. Havia tantas coisas a fazer! Buscar encomendas da festa, comprar os ingredientes dos novos pratos, pegar seu vestido... Deus, seu dia seria uma loucura! E a festa seria somente no dia seguinte. Maite respirou fundo terminando de anotar tudo o que teria de comprar, ao menos estava servindo para distrai-la. Derrick fora buscar as encomendas, Anahí decorava o restaurante e havia dividido os outros empregados em funções para ajuda-la. Derrick chegou com as encomendas.

Eu sou o melhor... pra vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora