Say Something

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John P.O.V


-Meu Deus! Eu não acredito nisso! O que foi que eu fiz? Não, não, não.

-Como assim, John? Você admitiu o que sentia por mim e rolou um momento. Por quê você está assim? -Perguntou o Sherlock;

-Eu... am... não posso, Sherlock. Perdoe-me, não dá -Falei em agonia.

-Volta, John. Fica aqui por favor!

-Por que não volta pro hospício, seu maluco! -Disse correndo.

Meu Deus, o que é que eu fiz?! Parabéns, John, meus parabéns. Eu nunca faço nada certo. POR QUE EU NUNCA FAÇO NADA CERTO?! Eu me odeio! Muito bem mesmo, John, não basta ser um estúpido ou magoar a única pessoa que te aceita, ainda é uma bicha! Agora entendo porque meu pai me abandonou, ninguém quer ter um filho assim.

-Oi, filhão, tudo bem? –Perguntou meu padrasto e eu escondi meu rosto inchado.

-Tudo, pai. Eu tenho muita lição de casa, então vou subindo.

Subi, me tranquei no quarto e comecei a chorar. Eu sou uma falha, sempre fui uma falha. Nunca consegui ser o melhor aluno da sala, nem o melhor do time de rúgbi e também não sou do jeito que deveria ser. Gostaria de ser como meu padrasto foi na escola: Inteligente e popular, mas não sou nenhum dos dois. Anderson já me pediu para andar com ele, mesmo com a minha ameaça. Talvez devesse aceitar. Peguei meu Nokia e liguei para ele.

-Johnny Watson me ligando? A que devo tamanha honra? –Questionou ele.

-Estava pensando na sua proposta e eu realmente deveria andar na sua turma. Quer dizer, são todos tão descolados... –Disse bajulando e é claro que ele acreditou.

-Somos mesmo, não somos? E porque você deixou de andar com a aberração?

-Ele tentou me chupar ontem, tá ligado? –falei como uma garotinha fofoqueira.

-Sério? Olha, Johnny, você merece companhia melhor, falou? Vem andar com a gente –propôs ele.

-Claro! Amanhã a gente se vê.

-Tchau.

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No outro dia eu saí mais cedo, porque não queria encontrar o Sherlock. Fiquei acordado a noite inteira pensando que talvez tenha vendido minha alma para o diabo, mas se assim eu me tornar melhor então tudo bem, não é?

-E aí, rapaz! –Falou o Anderson tomando uma RC Cola. Quem toma refrigerante a uma hora dessas?

-Tudo bem, Phillip? –Falei cumprimentando-o.

-Tudo de boas. Vamos pra aula?

Fomos andando pelo corredor e lá estava Sherlock. Ele olhou para mim e Phillip como se estivesse em um transe. Parecia em choque.

-O viadinho maluco chegou -disse o Anderson. -Soube que você tentou chupar o meu amiguinho aqui -falou apontando para mim.

-O quê?

-Você ouviu, Sherlock –respondi friamente. Era errado fazer isso, mas tinha de ser feito.

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