NA.: Olá, pessoas! Como estão? Só queria dizer que estou super feliz que a fic chegou a 1,5k leituras. Vocês são fodas mesmo!
- Eu tenho uma coisa, melhor, notícia que os farão sair - falou Lestrade.
- Ah é, Graham? Du-vi-do! - exclamei feito uma criança.
- Sim, Sherlock. Seu pai voltou.
- Papai Noel? Ótimo! Vou pedir para ele trazer mais dessa erva maravilhosa - falei fumando mais um cigarro.
- Pelo amor de Deus, Sherlock!
- O quê? Eu mereço um presente dele! Fui um bom menino. Nem tirei a roupa do John quando quis.
- Eu tiro pra você, se quiser - falou John desabotoando a camisa.
Lestrade gritou um "não" bem alto, o que surpreendeu o John um pouco. Ele estava realmente doidão, porque o Watson que conheci jamais tiraria a roupa em público se não estivesse sob o efeito de certas substâncias.
Depois de Lestrade se espantar com a ousadia do John, ele levou a mim, Molly e meu namorado para a delegacia. Ele disse que iria comprar mais erva. Ficamos tão decepcionados quando vimos que não era verdade...
Chegando na delegacia, ficamos na cela que eu e John ficamos na última vez. Nós três estávamos aéreos demais para nos importar com o que estava acontecendo, o que parecia irritar mais ainda o pobre Greg.
- John, já chamei o seu pai. Ele está vindo te buscar. Sherlock, você vai ficar aqui por um tempinho. E, Molly, iremos continuar a ligar até que eles atendam - falou Greg.
- Eles virão, se não estiverem ocupados esganando um ao outro - disse Molly triste.
- Seus pais lutam boxe? Que foda! - falou John entusiasmado.
Molly então ficou calada. O efeito da erva deve ter durado menos nela, pois já parecia dentro de si. A questão é que ela não estava feliz. Bem pelo contrário, e eu jamais percebera isso antes.
- John Hamish Watson, eu juro pelo nome do Senhor que essa é a última vez que eu venho te buscar nessa porra de delegacia! - Exclamou o pai dele. - Aposto que foi você que deu a ideia, não foi? Meu Deus, John! Corrompendo um menino bom como o Sherlock!
John fez um gesto com os dedos como se estivesse fumando e seu pai o puxou para fora da delegacia. Fiquei com a Molly por mais um tempo, mas ela não falava nada. Ficava apenas puxando as mangas do casaco. Tentei puxar assunto, mas ela não respondia.
Duas horas depois a mãe de Molly chegou. O grande crucifixo que carregava em seu colar e as roupas longas indicavam que era religiosa e antiquada. Ela entrou e disse:
- Meu Deus, eu não poderia ter tido uma filha mais inútil! Você é uma vergonha para a família, Molly. Resolveremos isso em casa.
E assim ela saiu de lá e dava para ouvi-la chorando baixinho. Se eu não estivesse tão chapado, teria feito alguma coisa. Mas apenas adormeci lá quando ela saiu e, surpreendentemente, acordei em minha cama depois. Greg ficou de babá para mim por um tempo até meu tio chegar furioso em casa.
Ele quis gritar comigo, mas sabia que tinha pegado a maconha do seu baú, e ele não era tão hipócrita assim. Mas mesmo assim estava estressado e triste. Quando lhe perguntei o que era, ele me falou que meu pai estava de volta. Acharam-no se escondendo na periferia de Londres e seu julgamento seria dali a alguns dias. Eu e Mycroft teríamos que testemunhar. Era horrível para os dois, pois eu tinha que testemunhar contra meu pai e ele contra o próprio irmão.
Meus amigos vieram para minha casa mais tarde e eu lhes contei o que tinha acontecido. Eles viram como eu estava mal, então tentaram me consolar. John ficou me dizendo que estaria do meu lado não importava o que acontecesse e que iria comigo no dia para testemunhar. Molly, por outro lado, continuava pensativa e triste como estava desde o dia anterior, mas tentou me animar depois lembrando do dia anterior e nossos mais recentes amigos de Humanas.
- Foi engraçado mesmo, não foi? Lembro até de ter falado algo sobre tigres-dentes-de-sabre e algo sobre um corte... - falei forçando minha memória.
- Você estava claramente chapado - disse ela séria.
Lembrei mais uma vez que teria de testemunhar no caso do meu pai e a preocupação, raiva e medo tomaram conta de mim de novo. Peguei um travesseiro e enfiei minha cara nele esperando que as coisas passassem.
- Olha só, John. Nosso filho tá com problemas - afirmou Molly.
- Ei! Eu e John que te adotamos. Olha que família feliz - falei.
- Pelo menos essa, né? - falou ela.
Nos abraçamos por um tempinho, até que chegou a hora deles irem para casa. John se despediu me beijando e Molly me abraçou. Assim que eles saíram, comecei a forçar mais a minha memória para lembrar melhor o que tinha acontecido no dia anterior. Nada. Não lembrava de praticamente nada. O que estava mais curioso era em relação ao suposto corte que notei. Não podia deixar de me perguntar de quem era e porque a pessoa o fizera, mas não encontrava respostas.
Mais dois dias se passaram e a hora de finalmente ir testemunhar contra meu pai chegou. Fui até o local com meu tio, que parecia mais arrasado do que eu e quando chegamos lá vi que John estava do lado de fora para ir me apoiar. Seu pai estava lá também e ele me deu um tapinha no ombro e me disse que ia dar tudo certo. Algo me dizia que ele realmente gostava de mim, o que era bom, pois naquela época um namoro homossexual ainda era complicado para as pessoas.
Entrei no local e lá vi meu pai. Com a cara de homem nojento que sempre teve e seu olhar de desprezo. Encarava-me com ódio e a Mycroft também. Quando me chamaram para testemunhar, foi a pior parte do dia. Tive que descrever detalhadamente o que ele fez à minha mãe, como a matou. Tive que falar da época em que fui internado também. Quando achei que tinha alucinado sobre ele espancando minha mãe, mas era tudo verdade. Chorei várias vezes falando enquanto ele apenas agia como se eu estivesse mentindo.
Declararam-no como culpado e ele foi condenado à prisão. Era um grande alívio para mim. Meu tio ainda estava um pouco atordoado, mas tinha que ir ao trabalho e foi mesmo assim. Devido aos meus incidentes mais novos com maconha e bebida, meu tio não me deixava mais sozinho e tive que ir com ele. Mycroft trabalhava para alguma editora de revistas, acho que de revistas pornô, por isso nunca me falou sobre seu trabalho.
Depois de cerca de duas horas jogando o jogo da cobrinha no meu celular, John me ligou dizendo que ia até minha casa. Falei para ele onde escondia minha chave e que podia ficar à vontade lá dentro. Estava ansioso para saber o que aconteceria naquela noite. Sem Mycroft perceber, saí e fui ao encontro do meu namorado.
Quando cheguei na porta de casa, vi que havia sido arrombada. Olhei para o chão e havia mais de uma pegada. Uma de John e outra de uma pessoa diferente. Sabia quem era essa pessoa.
Entrei na casa com pressa e lá estava meu namorado com o rosto sangrento e meu pai o espancando.
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E aí, acharam legal? Falem o que acharam e não se esqueçam de votar. Tchau!
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Fiksi PenggemarAno passado, Sherlock Holmes foi internado no hospital psiquiátrico Musgrave Hall. Quando saiu, mudou-se para uma escola diferente, então estava tudo bem. Isso até alguém roubar sua ficha do psiquiatra e gritar aos 4 ventos que Sherlock tinha proble...