Caramba, onde eu tô? Que porra é essa? Foi isso que pensei quando acordei no meio de um deserto com um sol dos inferno no meu corpo, realmente não sabia o que tava fazendo ali. Pensar pra mim era algo muito difícil e eu nem gostava, então resolvi só seguir em frente tentando sair dali, talvez na sombra minha cabeça podia funcionar melhor.Andando pelo deserto encontrei uns tomates no chão, e não pensei que era meio estranho ter tomates no deserto, aliás, eu nunca penso muito em nada por isso resolvi pegar uns tomate pra não morrer de fome.
- Eita, um tomatinho pra comer, só falta o resto da salada agora.
Quando peguei o tomate levei um susto doido, vi que ele tinha um corpo e que tava se mexendo, os outros que estavam no chão começaram a se mexer e a me seguir. Nunca vi tomate ter corpo na vida, aquilo era tosco doido e até perdi a fome.
- Que merda é essa? Sai de mim, demônio.
Dei um chute em um deles, o bicho caiu longe pra cacete, mas os outros ficaram irritados, sei lá, acho que era instinto de família, igual minha mãe tem por mim e resolveram me atacar com seus dentes. Quem já viu tomate ter dente? Em toda minha vida nunca tinha visto uma parada assim.
- Caramba, me larga, eu não como mais tomate não, prometo!
Quando já tava caído no chão, e só via e ouvia dentes e barulhos estranhos, ouvi um som de espada e quando fui olhar pra vê oque era o tomate já tava caído, partido ao meio na minha frente, que doido alguém havia me livrado de uma morte ridícula estilo os personagens fraco do Celso no RPG dele. Logo atrás do tomate vi um homem com uma espada, e como não sou tão burro, eu acho, resolvi pedir ajuda pra me livrar do resto dos tomate com dente.
- Ô mano, me ajuda aqui com os outros.
Me levantei dando um chute em um que tava perto de mim, o chute foi tão forte que ele estorou na minha perna, nem eu sabia que eu era tão forte doido. O homem foi rapidão e destruíu os outros que estavam ali e pegou partes deles e os colocou em sua bolsa, em seguida olhou para mim sorrindo que nem um retardado como se os tomates fossem dinheiro.
- Olá, me chamo Jack e você?
- Meu nome é Igor, I-g-o-r, Igor. Deu pra entender?
- Sim... Só não entendo o que faz aqui no meio do deserto, sem nenhuma arma e sozinho, pode ser muito perigoso.
Qual era a daquele cara pra ficar brigando comigo? Se fosse alguém da rua em que eu morava já tinha dado porrada. Eu nem sabia onde eu tava então achei melhor não bater nele, resolvi ser educado na minha resposta.
- Sei lá doido, faz pergunta difícil não.
- Acho que entendi, bom eu estou voltando para a cidade, você me acompanha?
- Claro, tô cansado de areia e desses tomates aí.
Finalmente eu pensei, estou indo pra casa de novo, pra minha cama e pra o meu PC jogar Grand Chase. Caralho doido, eu nem percebi que tinha algo estranho ali, só pensei que eu nunca tinha reparado que havia um deserto do lado da minha cidade. Bom, eu pensei assim até ver que a cidade que eu estava indo não era a minha, sei lá doido, mas estava dentro do jogo do Final Fantasy XII.
- Que doido!
- O que é "doido", garoto?
- Tô no Final Fantasy XII, que foda! Onde eu compro as armas?
- Não sei do que está falando, mas posso te levar até o vendedor de armas mais próximo.
Não sabia de porra nenhuma, só de uma coisa, eu tava empolgado com aquilo, queria logo encontrar o Vaan e todo mundo do jogo, lutar juntos deles, ser foda e tudo mais.
Andamos bastante tempo, e a cidade era bem maior que no jogo, caramba, era muito grande e tinha aquelas pessoas lá com cara de monstro do Star Wars, também como no jogo, a cidade era bonita dava pra se ver um castelo enorme no centro dela. Andamos até chegar ao comércio, lá vi um senhor vendedor de armas e como estava ansioso logo me adiantei.- Quero ver as armas mais fortes que tem aí, quero ser porradistico!
O velho olhou com uma cara pra mim, igual a que o Celso faz que eu odeio. Nossaa bicho eu odeio quando ele faz essa cara! Se fosse o Celso ali eu tinha matado, fiquei ali me controlando e como dependia do velho pra ter armas preferi não fazer nada com ele.
- Temos várias armas, senhor, escolha uma.
Ele tirou todas as armas que tinha e me mostrou uma por uma até que me mostrou duas daggers, cara, eu queria muito uma dagger! Duas é melhor ainda! Já tava imaginado eu destruindo os monstros ao meio com ela.
- Vou querer essas daggers aí.
- Sim senhor, e meu pagamento?
- É mesmo tem que pagar, né?
Eu olhei para trás e Jack já estava tirando umas moedas de sua bolsa. Sorte dele mesmo que fez isso doido, senão eu ia pedir pra ele até cansar porque queria muito aquelas daggers.
- Aqui está o pagamento pela arma, senhor.
Ele entregou a grana para o velho e me olhou como se estivesse esperando algo e seguiu caminho, como eu não tinha pra onde ir peguei minha arma e fui junto. Quando cheguei perto de Jack ele sorriu pra mim de novo, sei lá porque, ele deve ter problema só pode doido, ai depois ele veio me perguntar.
- Você já possui uma guilda?
- Não senhor, mas se quiser me colocar na sua, já tô aceitando, eu já joguei muito Final Fantasy, sou forte!
- Não entendo metade das coisas que diz, mas irei acreditar em você. Vamos, vou te levar para conhecer suas novas parceiras de time e arranjar uma missão simples para que possa começar.
Não acreditei, eu iria lutar mesmo, com arma e tudo! Minha mãe nunca deixava usar armas nem nada disso, mas aqui eu posso, aqui eu sou foda, amo Final Fantasy e quero ser forte e lutar!
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RPG Chronicles - Vencedor da terceira rodada do PROJETO W10
AdventureQuatro jovens amantes de RPGs e animes se divertem jogando, mal eles sabiam que isso era o começo de uma jornada que os levaria ao universo que tanto amam cheio de heróis e vilões. Lá eles irão descobrir várias coisas sobre si mesmos e tramas que po...