O despertar de um novo poder. (narrado por Douglas)

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Dois meses haviam se passado desde que Celso, Kleyton, Igor e o primo de Kleyton, Rafael que eu não conhecia muito bem haviam sido dados como desaparecidos. Nada havia sido encontrado, nenhum vestígio do que pudesse ter acontecido com eles, o que eu achei muito estranho. 

Estava eu e meu amigo Luiz em minha casa, ele costumava ir lá pra jogar video game, jogavamos muitos jogos diferentes, mas tinhamos um preferido. Digimon Arena de PS1, esse era o jogo! Tudo estava indo bem, tão bem que acabei ganhando a partida, Luiz como já era de se esperar ficou nervoso, jogou o controle no chão, o meu controle, fiquei meio sem reação e tive que ver Luiz reclamar.

- Esse jogo é cheio de defeitos cara, nem esquiva tem nisso!

- Luiz, aceita a derrota cara, não culpa o jogo, até agora a pouco você estava gostando, você só vai evoluir se aprender a perder. 

- Guarde sua filosofia barata pra você. 

Luiz sempre teve uma personalidade muito difícil de se lidar, sentia que ele tinha algo contra mim mesmo sendo meu amigo, infelizmente não sabia dizer o que e o porquê disso para poder ajuda-lo. Nervoso ele se levantou e foi até o lado de fora, ficou lá por um tempo enquanto eu desligava o PS1, Luiz precisava aprender a controlar suas emoções e a ouvir os outros, não continuar agindo como um personagem de anime. 

Terminei de arrumar o quarto tranquilamente, mas algo teve que acontecer para chamar minha atenção, ouvi gritos vindos da rua e decidi ir olhar, talvez alguém estivesse precisando de ajuda e se fosse possível eu ajudaria sem pensar duas vezes, sou esse tipo de pessoa. Quando cheguei lá vi pessoas correndo de um lado para o outro, era como se estivesse acontecendo um tiroteio ou algo do tipo, mas Luiz estava lá parado e não parecia se importar muito. 

- Luiz o que tá acontecendo cara? 

- Sei não, só vi essas pessoas correndo aqui e uns funkeiros lixos também. 

- Não fala assim, eu já disse que não existe ninguém que seja lixo. 

- Pense como quiser, só queria essas aberrações mortas. 

- Não podemos ficar aqui cara, tem algo de errado, vou falar com minha mãe. 

Fui até o quarto de minha mãe, sabia que se algo de errado estivesse acontecendo o melhor seria falar com ela. Quando cheguei lá levei um susto, minha mãe estava pálida e suava frio, aquilo só comprovava que algo estava muito errado pois minha mãe sempre foi capaz de sentir coisas que as pessoas comuns não sentiam. 

- Mãe, você está bem? Temos que sair daqui, lá fora estar uma confusão. 

- Filho... Algo terrível vai acontecer, eu sinto. 

Eu também podia sentir que aquilo tudo não era normal, se minha mãe dizia que algo ruim ia acontecer é porque realmente iria acontecer. Minha mãe nunca errava e por isso eu confiava em sua palavra, muitos diziam que era besteira minha, mas eu realmente acreditava que minha mãe era capaz de sentir energias no ambiente. 

- Tá certo mãe, vou só pegar a Naila e já vamos pra casa do tio ok?

Peguei minha cadelinha Naila, ela é magrinha e tem pelos negros, uma cadelinha muito doce e carinhosa que Luiz odiava, pra falar a verdade são poucas as coisas que Luiz não odeia ou finge odiar, realmente é difícil dizer. Depois de pega-la partimos, eu, minha mãe e Luiz de casa, claro carregando Naila junto. 

RPG Chronicles - Vencedor da terceira rodada do PROJETO W10Onde histórias criam vida. Descubra agora