Eu quero você.

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Assim que chegamos no castelo, no meu castelo, a sensação de paz tomou conta de mim, era como se um fardo pesado houvesse sido tirado de meus ombros, senti até um alívio em meus olhos ao ver minha casa. Mas logo passou, quando olhei para  Claire, que permanecia calada e estática,  ao descer da carroça, ela continuava lá, olhei para o Kol, que me entendeu. Ele foi até a Claire, e quando ia pega-la, ela bateu nele.

— Não me toca — ele se afastou um pouco, com as sobrancelhas juntas em confusão, mas ainda assim, um pouco de pena, olhou para mim e as meninas.

— O que aconteceu com ela? — ele perguntou quando me afastei um pouco de Mad e da Clary.

— Um dos soldados... — era difícil para mim dizer aquilo, me doía o coração e até a cabeça ao pensar na sua angústia, se eu estava assim, não podia imaginar como ela se encontrava. — Forçou ela...

— Já entendi. — ele suspirou, parecia empático, fúria nos seus olhos, a mesma que eu senti ao ver o que aconteceu a ela, ele engoliu em seco e se voltou para perto dela — Olha, Claire — ele pegou a mão dela devagar, a fazendo encara-lo, uma grossa lágrima desceu pelo seu rosto sujo e pálido. — Eu não sei como você está se sentindo, mas ninguém aqui no reino de Rose ira machucar você novamente, e eu posso assegurar que ninguém mais nessa vida irá machucar você.

— Me leva para o quarto, por favor. — ela murmurou baixo e ele sorriu de lado, seus olhos cheios de compaixão, suspirei, a minha chegada em casa não poderia ter sido pior.

— Vou levar ela para o seu quarto — ele falou e eu assenti — Vamos, querida.

— Eu tenho um assunto a tratar antes, mas por favor meninas, chamem um dos mestres do castelo...

— Não — Claire falou, baixo, Kol a segurava, suas pernas pareciam bambas, eu sabia que ela não estava machucada, mas a dor emocional era tanta para deixa-la sem força de vontade até de andar. — Só me levem para o quarto.

— Leve ela para o meu quarto, não vou demorar — sorri de lado para ela.

Ao entrar no castelo, os guardas se surpreenderam por estarmos realmente ali e vivas, logo nos separamos e eu seguia para o quarto do meu pai, ao chegar lá,  um dos guardas falou que ele não estava. Então deduzi que estava na sala de reunião, ao chegar, os guardas me barraram. Possivelmente não me reconheceram.

— Me deixe entrar nessa sala, antes eu mate vocês — os olhei com raiva.

— O Rei estar em reunião e não quer ser interrompido. — um dos guardas falou.

— Tudo bem — sorri de lado.

Quando ia saindo, com uma velocidade que eu não sabia ter, dei meia volta e peguei a espada de um dos guardas e enfiei na lateral da barriga do que falou comigo, forte o suficiente para incapacita-lo mas sem nada grave. Quando o outro ia me atacar, pus a espada no pescoço dele.

— Eu vou entrar, e quem tentar me tirar vai se arrepender.  — deixei a espada cair, e abri a porta. — Leve ele para a ala dos mestres, talvez ainda o salve.

Ao entrar na sala vi todos os meus irmãos, o meu primo Alessio, alguns dos generais. Todos me olharam surpresos por estar ali, e também pela quantidade de sangue que estava pelo meu corpo. Confesso que meu coração se encheu de alegria ao ver todos bem, principalmente meus irmãos e Alessio.

— Italia! — Alessio e August foram os primeiros a correr na minha direção e me abraçar. Os abracei e uma alegria inexplicável me atingiu, nunca achei que fosse tão bom abraçar meus irmãos.

— Você está cheia de sangue — August me olhou, preocupado — Cadê as meninas?

— O sangue não é meu — falei rápido — As meninas estão no meu quarto. Mas não vá falar com elas agora, por favor. Ainda estão se recuperando.

Italia- Kol MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora