Italia- Kol Mikaelson

Monastério

— Faz dois dias que não vejo a Italia — olhei para Rebekah, que experimentava alguns vestidos, com ajuda de algumas criadas.

— Também não vejo ela. Bom, não a vejo desde o jantar que sucedeu a partida dela. As damas eu já vi, mas ela simplesmente sumiu — a loura se virou para me olhar.

— Estranho — respondi baixo, e uma das criadas murmurou algo para outra — O que você disse?  — Por distração, não entendi bem o que ela havia dito.

Ela me olhou assustada, e eu sorri de lado. Ela olhou para a outra e engoliu seco.

— Nada, lorde Kol — ela respondeu de cabeça baixa, arqueei uma sobrancelha.

— Você disse algo sobre a Italia — me levantei, indo até ela, meus olhos focaram na pele morena de seu pescoço, a veia saltando.

— Kol, não — Rebekah se pôs a frente da criada e eu encarei minha irmã, eu sabia o quão Rebekah estava gostando da estadia aqui, e eu prometi que faria o máximo para não atrapalhar.

Suspirei e me virei, tentando deixar a vontade de mata-la de lado. Quando me virei ambas das criadas me olhavam com medo, confesso que me isso me satisfazia, me fazendo sentir poderoso.

— Desculpe o meu comportamento — forcei um sorriso — Mas entenda, querida, Italia é uma grande amiga minha, e se você sabe algo sobre ela — me aproximei dela, Rebekah não fez nada, pois agora meu olhar estava em seus olhos, e isso significava que eu não iria mata-la, não agora. — É melhor você me dizer.

— É...que...se eu dizer, a princesa me mandará trabalhar na cozinha — ela disse, com a cabeça baixa e a voz trêmula, tento me compadecer mas minha frieza não deixa.

— Quero saber agora mesmo.— levantei o rosto dela, fazendo-a me encarar — O que você sabe da Italia, que não quer me dizer?

— Quando a princesa fica tanto tempo sem aparecer, ela fica no corredor dezoito, por trás da escada. Praticando algum tipo de luta que desconheço — sorrio  cínico e a empurro levemente, indo para fora do quarto.

— Kol, para onde você vai?— Rebekah gritou, quando eu já estava um pouco longe.

— Saber onde fica o corredor dezoito — me virei para olha-la com um sorriso nos lábios, uma pequena esperança no olhar.

— Deixe ela em paz, ela é boa demais para você — a loira correu até a porta, mas eu já estava longe demais para me importar.

Eu sei disso irmãzinha.

.

— Anthony! finalmente achei alguém, que possa me dar uma resposta — olhei para o um dos guardas que não sabia me responder onde ficava esse corredor e revirei os olhos.

— Em que posso ser útil, lorde?— ele dispensou alguns guardas que o acompanhavam e veio na minha direção.

— Me chame de Kol, por favor — falei ao parar a frente dele — Sabe me informar onde fica o corredor dezoito?

— Como sabe do corredor dezoito? —ele perguntou, curioso, pude ver uma pequena preocupação de sua parte, me mantive tranquilo.  — Italia contou para você?

— Não, eu perguntei sobre ela para uma das criadas, ela me disse que a princesa estaria no corredor dezoito, por trás da escada.

— Estranho, nenhuma das criadas falaria desse lugar — ele semicerrou os olhos, suspirei.

Será que vou ter que matar ele?

— É, ela viu a minha preocupação de não ver a Italia a dois dias. — Tentei essa desculpa, caso não funcionasse, eu teria que tomar outras medidas.