KELI MORELLI
Fechei o meu notebook rapidamente quando ouço uma batida em minha porta. Meu coração estava acelerado e percebo que as discussões do lado de fora tinham cessado, fiquei tão hipnotizada pela foto daquele homem que todo o som ou qualquer coisa deixou de existir.— Keli? — Chamou minha mãe batendo na porta mais uma vez.
Levantei e coloquei o notebook dentro do guarda-roupa e senti como se eu tivesse escondendo o meu pior segredo obscuro. Vou até a porta e abro, Liane estava ali e me encarou curiosa.
— Você está bem, Keli?
— Sim... por que? - Não sei dizer o que estava havendo comigo, mas fiquei na defensiva.
— Por nada querida. Posso entrar? — Pede olhando para dentro do quarto.
— Claro — assenti abrindo totalmente a porta.
Minha mãe entrou e ficou parada no meio do quarto fitando o retrato do meu pai.
— Vim pedir desculpa pelo o que aconteceu na cozinha.
Começou ela olhando para mim, e sorriu em seguida. O que era engraçado é que eu sentia que ela não estava nem um pouco constrangida.
— Tudo bem, mãe — digo dando de ombros.
Liane sorriu ainda mais e balançou a cabeça. E foi sentando-se em minha cama.
— Keli meu anjo, agora que você conviverá comigo e sua irmã definitivamente devo confessar, o que você viu entre eu e Keila já aconteceu outras vezes, é natural que eu e ela se interesse pelos mesmos homens.
— Natural? — Não contive o espanto.
— Isso mesmo.
— Sei... então quer dizer que você está mesmo interessada no seu chefe?
— E porque não? Eu sei que ele também se sente atraído por mim...
— Quem sente? — Perguntei rápida me sentindo incomodada.
— Meu chefe, Keli. Felipe pode ser um pouco mais jovem que eu, mas já é completamente um homem.
— Sei.
— No meu trabalho ninguém sabe que sou mãe se duas meninas de dezoito anos. E prefiro assim. Keila nunca aparece lá ao meu pedido e queria isso de você também.
Fiquei olhando firme para ela, sacando nesse momento que mal conhecia a minha própria mãe.
— Cátia ficou sabendo, mas já conversei com ela. é minha amiga e não vai dizer nada a ninguém.
— Ok.... Não será melhor que a chame pelo nome também em vez de mãe? — Falei sarcástica para ela, mas Liane parece adorar a idéia.
— Só em público. Então nós parecermos como irmãs, não será legal? — Ela veio para mim sem esperar resposta e beija o meu rosto — Keli, eu te amo. Eu posso ter esse jeito, mas eu amo as minhas duas filhas.
Minha mãe disse um pouco sombria, mas tive certeza que ela estava sendo sincera nesse momento. Só a vaidade em querer ser jovem demais a perturbava.
— Eu também te amo, mãe.
Ela sorriu e me abraçou.
***
Na sexta-feira logo após as três da tarde eu me preparei para ir à praia, minha irmã havia acordado naquele dia mais receptiva e resolveu ir junto comigo dizendo que precisava reforçar o seu bronzeado.
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LOUCA OBSESSÃO
RomanceQuando Felipe Manzitti colocou os olhos na beleza da loura que saía apressada de sua empresa, ficou obcecado por ela como nunca tinha ficado por ninguém. Aquela mulher foi como uma droga, uma potente adrenalina que correu depressa em suas veias. E n...