FELIPE
— Caralho! — Grulhi ao ver as horas enquanto seguia para o apartamento. Era quase sete meia da noite, nada do que planejei estava indo como desejei, tudo porque havia demorado mais tempo com a Ana do que eu pretendia.
Bem, mas agora estava livre e mais que disposto para fazer as pazes do meu jeito com a minha marrentinha briguenta, Keli me coloca por um fio, o ciúme que sinto deixa-me irracional e louco, mas também sei que pela Keli tenho mais é manter a cabeça no lugar, isso aprendi quando ela sumiu por uma noite me deixando perdido e desesperado por causa dela.
Keli ficou furiosa comigo hoje, e espero concertar a nossa briga com uma surpresa que havia preparado para ela essa noite e dizer o quanto era importante na minha vida, o quanto eu a amo. Sei que não vai ser nada fácil. Quando ela me ligou agradecendo as flores que havia mandado entregar em nosso apartamento, senti como magoei a minha esposa com o meu comportamento irracional, Keli demostrou muito mais na sua voz que eu gostaria, algo que não sei dizer o que era, mas que faria de tudo para que não estivesse ali. Quis implorar que me perdoasse, mas antes que eu pusesse fazer isso, ela desligou e não me atendeu mais. E quando consegui falar novamente foi Franco quem atendeu. Não insisti, tudo que preciso e quero falar com ela, e tem que ser olhando para ela.
Entrei no estacionamento do prédio, com o coração acelerado e por um momento, como algo inexplicável tive um certo medo... balancei a cabeça e liguei o meu celular fazendo uma ligação acertando o último detalhe da noite que daria a ela como o meu pedido de desculpa.
— Bruna, em duas horas mande a entrega no hotel. Em uma estarei lá com a Keli.
— Mas... maninho! Não terminei ainda!
— Acelera Bruna, espero ter me acertado com a minha mulher nesse tempo!
— E eu preciso de mais tempo que isso, Felipe. Madarei uma mensagem avisando.
Solto o ar dos pulmões frustrado e descido dar mais meia hora a ela.
— Uma hora e meia contando nesse minuto.
— Ok.
Entrei no apartamento me sentindo nervoso, a confiança que sentia a poucos minutos desapareceu e uma onda de medo que veio não sei de que porra me assombrou, acho que foi no exato momento que vejo Franco na sala junto a Val que se calam e me olham com um quê a mais. Fechei a porta fitando os dois. Val pede licença e vai saindo.
— Onde está a Keli?
— Perguntei, ela vira-se novamente de frente volta alguns passos e responde.— A Dona Keli está com os meninos.
Val não olhou diretamente nos meus olhos, mas mesmo assim seu olhar que foram para outra direção chamou a minha atenção e direcionei meus olhos para lá.
Meu coração falhou uma batida só para galopar ensandecido, agora completamente dominado pelo medo. Cerrei os dentes meus olhos sem poder deviar dos amontoados de malas a minha direita, bem próximas de mim, próximas o bastante da porta que acabei de entrar.
Que porra era essa!!!
Essas palavras que estavam presas em minha garganta, mas que nesse momento saía som algum, os meus pés estavam plantados no chão mesmo querendo me mover. Um som na escada chamou a minha atenção e mesmo aparentemente paralisado consegui mover a minha cabeça e olhar naquela direção. Keli estava ali parada no topo, linda, cabelos soltos, naquele mesmo vestido que a deixava incrivelmente sexy, ela olhava para mim do alto, altiva como se fosse uma rainha, seu olhar era de completo desagrado por ter que dar o seu tempo a um pobre e sudito seu.
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LOUCA OBSESSÃO
RomantikQuando Felipe Manzitti colocou os olhos na beleza da loura que saía apressada de sua empresa, ficou obcecado por ela como nunca tinha ficado por ninguém. Aquela mulher foi como uma droga, uma potente adrenalina que correu depressa em suas veias. E n...