FELIPE
A dor em meu peito estava tão presente que respirava pesadamente antes de sair da frente do quarto e deixa-la. Segui para o escritório, onde sentei-me na cadeira fechando os olhos. Primeiro tive que esperar parte do meu controle retornar para então conseguir me manter lúcido o suficiente e falar com Franco. Quando quinze minutos depois que o chamei, ainda não havia recuperado um décimo do meu equilíbrio emocional.
— Senhor Felipe? — Franco cumprimenta-me entrando. E vou direto ao assunto.
— Você sabia que a minha mulher havia me visto na rua hoje? — Franco, franziu o cenho, aproximando-se.
— Não, ela não me disse nada a respeito.
Encarei seu rosto, buscando algo que indicasse mentira, enquanto ele me fitava compenetrado.
— Ok.
— Mais alguma coisa?
— Sim. Não percam a minha esposa de vista, Franco. Keli não pode sair desse apartamento sozinha, nunca! — exigi.
— Sim senhor!
Levantei-me dando a volta na mesa, meus passos eram inquietos, sentia-me como um leão enjaulado.
— Espero que você esteja me passando tudo o que acontece fora desse apartamento, Franco.
— Sempre, e Joana manda diariamente o relatório para o seu email combinado.
— Mas agora quero tudo, nada pode passar.
— Claro, como quiser — Franco levanta-se, sério com ares de puro respeito e por isso diz — Sua esposa chama muito atenção sim, loira, alta, bonita como é... bem, o senhor sabe. Mas a senhora Keli nem se dá conta da atenção que recebe isso eu posso garantir.
— Tudo bem Franco. Mas ainda quero saber de tudo. Agora Pode ir.
Franco estava trabalhando com a segurança da minha família desde quando comecei a ir para o colégio, e assim se tornar exclusivo meu, confiava nele e conhecia-me muito bem, mas se pensou que me tranquilizava em contar que a minha mulher não dava atenção para outros. Errou! O foda aqui, era que ela recebia, outros machos a desejavam, queriam ter para si o que era meu.
Cerrei os punhos, lembrando das suas palavras, que sentia nojo de mim. Foi como tomar um soco. Suores frios ainda percorriam meu corpo ao imaginar Keli não me querendo nunca mais, e com isso se entregar a outro do jeito que fazia comigo, dando tudo que me pertencia. Uma dor descontrolada veio feroz e tudo que tinha mais medo agora era que esse sentimento se tornasse algo para sempre.
Sinceramente eu não sabia o que fazer. Mandei uma mensagem de voz para meu pai, precisava conversar com alguém ou explodiria num ataque de fúria.
Meu pai apareceu um tempo depois, percebendo logo que algo não andava bem ao olhar para mim.
— O que foi Felipe? Qual é dessa cara?
— Keli. Brigamos e agora quer a separação.
Franziu a sobrancelha me fitando sério.
— Que merda você fez?
— Não fiz merda alguma, Ana fez — grulhi irritado.
— Ana?
— Sim, aquela louca foi me procurar no escritório hoje, bêbada e sem controle, entrou no meu escritório tirando a roupa e dizendo um monte de bobeiras. Mandei uns dos seguranças a levarem para casa dela, mas Ana quis fazer cena, e como um idiota achei melhor leva-la, coloquei-a no meu carro, só que no trajeto a doida ficava avançando em cima de mim para me beijar, e como não bastava ter que ficar aguentando uma garota bêbada, minha mulher teve que ver isso, e claro, Keli entendeu tudo errado.
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LOUCA OBSESSÃO
RomanceQuando Felipe Manzitti colocou os olhos na beleza da loura que saía apressada de sua empresa, ficou obcecado por ela como nunca tinha ficado por ninguém. Aquela mulher foi como uma droga, uma potente adrenalina que correu depressa em suas veias. E n...