CAPÍTULO 19

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KELI

Havia se passado duas semanas que voltei para a casa de Felipe, e as provocações sexuais que ele estava fazendo para mim descaradamente eram perturbadoras

Felipe me beijava e quando o beijo ficava mais quentes ele interrompia, dormia na cama dele, mas nenhuma vez nesses dias ele tentou transar comigo, me provocava, me atiçava se exibindo na minha frente sem camisa ou até mesmo só com uma cueca boxer. E todas as noites ele dormia nu ao meu lado. E não entendia qual era o jogo dele.

Na verdade poderia entender, ele estava me castigado por eu não dizer o que ele queria.

Felipe não entendia nada o meu lado. Eu precisava me lembrar o que tínhamos antes de me entregar e dizer que o amava, precisava disso.

Eu, por outro lado fingia que ele não me atingia que as suas provocações não me afetavam tanto e via como ele ficava irritado, disfarçava e seguia com o seu plano em me torturar.

No fim da tarde de uma sexta-feira, eu estava perto da piscina com a Bruna vendo algumas revistas de moda quando Felipe chegou da empresa, me beijou nos lábios e sentou-se em minha frente um tanto calado, eu estava somente vestida com um biquíni e vi quando olhou de esguelha para o meu corpo.

E vi também a minha chance de provoca-lo. Estava com as minhas pernas cruzadas em cima da espreguiçadeira, descruzei e as abri um pouco, Felipe cerrou as pálpebras acompanhando o meu gesto, em seguida me encarou com um sorrisinho de lado, mas estava frustrado.

― Está tudo bem, Felipe? ― Perguntei muito inocente.

― Estou ótimo meu amor!

Bruna soltou um risinho piscou para mim e se levantou. Ela sabia de tudo o que acontecia, com a Bruna era assim, eu confiava nela para falar de tudo sem a menor dúvida.

― Vou entrar, Keli.

― Até mais Bruna!

Depois que ela saiu comecei a ficar nervosa, Felipe olhava para mim de um modo indecifrável, então procurei um assunto que me perturbou essa manhã.

― Tentei sair hoje, mas fui impedida por seguranças.

― Eu soube...

― Tá, mas não entendi...

― Não é seguro sair sozinha.

Disse como se explicasse tudo.

― Eu só iria dar uma volta, desde que cheguei aqui não saio para lugar algum.

― Podemos sair hoje. Por isso vim mais cedo.

― Felipe, não precisa interromper o seu trabalho para me levar para sair.

― Você não sairá sozinha, Keli.

― Não sou uma criança ou sua propriedade.

― Não? Você me pertence, Keli, Sua falta de memória não alterou meu jeito de pensar.

Fiquei calada olhando para a água da piscina e quis odia-lo nesse momento. Mas mesmo assim não consigo.

― Vamos subir para o quarto. Preciso da sua ajuda para tomar um banho ― Disse baixinho querendo me distrair.

― Se vira! Vou ficar aqui!

Felipe colocou a mão em meu queixo e levantou a minha cabeça para ele.

― Agora, Keli!

― Não vou, Felipe!

Ele ficou pronto para brigar, mas de repente baixa a guarda.

LOUCA OBSESSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora