LOUCA OBSESSÃO

CAPÍTULO 02 parte 02

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KELI MORELLI

F

elipe me encarou com um sorriso maldoso e disse.

— Está com medo de mim ou de você mesma, Keli?

Deus. Quanto atrevimento desse homem!

— Olha aqui...

— Se vamos começar a discutir que seja em particular — Felipe grunhiu e estende a sua mão na minha direção — Anda Keli, quero sair logo daqui.

Abro a boca para protestar, mas ele me silencia com um olhar duro.

— Não sairei daqui sem você.

Olhei na direção de minha mãe, Liane estava com os olhos vermelhos de raiva.

— Veja bem o que você vai fazer, Keli! — Liane murmurou com os dentes cerrados para mim.

Ia dizer que não tinha motivo para se preocupar, mas então Felipe vem e joga uma bomba no colo dela.

— A Keli é problema meu agora, Liane. Sua filha agora é minha!

— Ela não é a minha filha! — Ela se exaltou, e depois sorriu nervosa olhando para todos — A Keli é minha sobrinha...

Fiquei olhando para ela e a decepção bateu em cheio, meus olhos se encheram de lágrimas imediatamente pela sua rejeição... Cátia olhava para amiga com os olhos arregalados e surpresos. Olhei para Felipe que estava com as sobrancelhas erguidas para Liane, não sei como mas ele sabe que ela mentiu.

Engulo as minhas lágrimas. Levanto da minha cadeira aproximo de Felipe e sorrio para minha mãe antes de colar a minha boca nos lábios do homem que ela quer. Geralmente eu não era uma pessoa vingativa, achava esse sentimento pobre demais, mas agora eu queria que Liane se fodesse.

— Pode me levar, Felipe. Para onde você quiser — murmurei baixinho para ele quando paramos o beijo.

Felipe sorriu sexy para mim, encarou meus lábios e me beijou mais uma vez. Em seguida entrelaçou seus dedos nos meus, dirigiu um olhar para todos na mesa e desejou-lhes boa noite.

Minhas mãos tremiam levemente pela ousadia do que tive coragem de fazer, não me atrevi olhar mais na direção da Liane. E deixei ser levada por aquele homem que até então eu queria manter distância, eu tinha visto a discussão da minha irmã com a minha mãe e achei tudo aquilo ridículo demais para estar acontecendo e agora eu estou aqui entrando no meio dessa briga de duas pessoas que aparentemente eram bem mais fortes do que eu.

Saímos do restaurante e Felipe me guia para um carro negro e um homem abriu a porta para que eu entrasse, e o reconheço na mesma hora, era o grandalhão que estava na praia com o surfista, estaquei meu pé no chão achando tudo isso fora da realidade, de um jeito inexplicável tive um pressentimento intenso demais como se a partir do momento que eu entrasse nesse carro minha vida passaria a ser dele.

— Entre no carro, Keli — Felipe disse ao meu lado, segurando firme meu braço.

— Desculpe... — Dei um passo para trás — Eu preciso ir para minha casa.

— O que? — Rosnou — Você irá comigo agora.

Balancei a cabeça em negativa.

— Não! — Um casal que passava nesse momento olhou para nós curiosos entao eu falei quase sussurrando — E pare de me intimidar com essas ordens.

Felipe passa as mãos nos cabelos antes de murmurar.

— Só estou querendo impor a minha vontade aqui.