EPÍLOGO

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FELIPE

UM ANO MAIS TARDE...

Havia acabado de chegar em casa, e subi direito para o quarto dos meus meninos, alem de querer ver os meus moleques, sabia que certamente a mãe deles estaria com eles. Encontrei-os como previa e Keli me presenteou com um lindo sorriso.

- Oi meu amor - Puxei-a para mim e a beijei na boca.

- As crianças estão prontas
- disse.

- Então vou tomar um banho, vem comigo? - Murmurei em sua orelha.

- Sabe muito bem que o estava esperando para isso - Responde provocante.

Dei um tapa em seu traseiro quando afastou-se e pegou Caio.

- Vamos leva-los para a Cintia. Acho que ela já arrumou Sophia.

Peguei Nicolas e a segui entrando em outro quarto que ficava ao lado dos gêmeos. O ambiente em que entramos era de um tom rosa claro com moveis brancos, muitas bonecas, babados e lacinhos enfeitavam todo o quarto. Na pequena cama estava uma linda garotinha de dois anos, lourinha de olhos castanhos claros, era impressionante como ela se parecia com a minha esposa. Sophia, era o nome da nossa filha adotiva, mas não era tão estranha a semelhança assim, já que a Keli era na verdade sua tia.

Keli visitou a sobrinha pela primeira vez e se apaixonou pela bebezinha que a mais de um ano atrás, na época, estava para adoção. Na ocasião ela já estava em caminho de ser adotada por outra família, e senti como Keli a quis sem precisar me dizer. Não pensei duas vezes, queria dar tudo o que a minha mulher queria, e assim falei, "Se quiser ela será nossa"

Devo confessar que tudo ficou mais fácil para mim aceitar Sophia pela semelhança que tinha com a Keli, e com o passar dos meses pude me sentir cada vez mais como pai de verdade para ela. Ainda estou em processo, mas Sophia era tão meiga e boazinha que era impossível não ama-la como amo Nicolas e Caio. E o sentimento de querer proteje-la como faço com meus gêmeos estava crescendo cada vez mais dentro de mim.

Cintia se apegou a ela também, cuidava tão bem dela como fazia com os meninos, sentia que ela os amava e sou muito grato por isso. Como também tinha muita percepção dos sentimentos dela, percebia do interesse maior que a babá sentia por mim, já a peguei me observado muitas vezes, o modo nervoso que ficava na minha frente, até me deixando a pensar se não era o melhor despedi-la.

Não tenho o que reclamar, Cintia nunca tentou nada, nenhuma aproximação ou coisa assim. E somente a dedicação incondicional que ela tinha com meus filhos me impediram em demiti-la. Estou sempre atento, mesmo ela sendo uma mulher nada atraente não facilitaria para que trouxesse qualquer tipos de problemas no meu casamento.

E assim eu seguia a minha vida que achava perfeita. Eu e Keli vivíamos agora em completa confianca com o outro. A cada dia nos amávamos mais, nos conhecíamos melhor.
lógico que isso não impedia ter ciúmes dela, minha mulher eu não perdia de vista e nem vacilava .

Keli ainda fazia fotos para a mesma grife de roupas, sempre recebia outras propostas, mas não aceitava, preferindo seguir com algo que não exigia muito e assim seu tempo maior era ficar com os nossos filhos e que ela dizia amar fazer isso, e seu maior prazer era dar tudo aos filhos que não teve da sua própria mãe.

Também descobri que eu poderia ser tudo. Um filho da mãe ciumento, irritante e obsessivo, mas tudo iria bem se houver a confiança necessária. Nesse ano que se passou vivemos plenamente em companhia um do outro, mesmo o ciúme sendo incontroláveis as vezes, Keli me freava dizendo que o que tinha comigo era muito especial para ter espaço para mais alguém em sua vida. Eu sabia que falava a verdade, mas mesmo assim, sempre irei cuidar do nosso amor do meu jeito.

LOUCA OBSESSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora