CAPÍTULO NOVE

3.8K 450 126
                                    

Esse capítulo tá "pegando fogo", gente. [AAAAAA] Espero que gostem! <3

##############

~~ O melhor namorado do mundo ~~

O bolo queimou. Ou melhor, os bolinhos queimaram.

E não foi culpa da receita, não foi nada errado no processo da massa, foi algo errado depois. Quando Daniel foi mandado para desligar o forno, ele acidentalmente apenas abaixou a intensidade do fogo, levando de 200 graus à 120, e pensando que tinha desligado. Os bolinhos ficaram lá, levando cada vez mais quentura, por outros quinze minutos – o suficiente para queimá-los.

— Por dentro ainda está bom — comentou Rebecca, provando um pedaço intacto.

Mas mesmo assim não serviu para muita coisa.

Ela já estava em casa quando viu a moto de Daniel se arrastando lentamente para fora da garagem, e depois arrancando em velocidade. Eram oito horas da noite e ela estava sozinha de novo. Ela e as costuras. Só que, apenas de olhar para a máquina a sua frente, sentiu um arrepio percorrer o corpo inteiro. Não iria voltar a costurar até pelo menos o dia seguinte.

Rebecca suspirou, deixando os ombros caírem.

Saiu da casa, sentou-se no primeiro degrau que leva até o quintal e jogou uma bolinha amarela para Zeus ir buscar. Ele foi, abocanhou a bola com felicidade e voltou correndo. Repetiu o mesmo processo tantas vezes que Rebecca já estava lançando bolinhas no modo automático.

— Como é que conseguimos parar aqui, Zeus? Hein? Nesse estado tão profundo de tédio.

O cachorro agora estava sentado ao seu lado, a língua para fora refletindo o cansaço da brincadeira.

Rebecca ficou em silêncio por um tempo, olhando para o céu, que escondia as estrelas entre nuvens e, e sentindo a brisa da noite de verão lavando seu rosto. Não tinha mais nada para fazer a não ser observar e pensar.

Pensou no dia que teve, na semana trancafiada em casa, saindo apenas para passear com Zeus; pensou no futuro, na inauguração da loja dali alguns meses, de como tudo ficaria do jeito que ela queria. Pensou em Louis, do outro lado do país, e sentiu sua falta. As mensagens estavam ficando cada vez mais raras, e ela lutava cada dia mais para compreender, sempre compreender que ele estava ocupado, e exigir sua atenção no meio de uma crise não seria nada bom; só agitaria mais as coisas e levantaria poeira onde não deveria. Ela pensou em Zeus, e em como ela estaria sozinha, jogada na cama agora, se não tivesse a companhia canina.

Ela sorriu para o cachorro e Zeus latiu, aí seus pensamentos foram interrompidos por um par de mão sobre seus olhos.

Ela, involuntariamente, levou as mãos ao rosto, encontrando o par de outras mãos que lhe cegava.

— Ahhh! — Gemeu — Quem é?

A pessoa dona das mãos coçou a garganta e não disse nada.

— É uma mão masculina... então não é Gio, nem Clara. Nem Nic... ele não faria isso. — Rebecca estava falando em voz alta para que a pessoa desse alguma dica, caso ela acertasse. — Hmmm... Daniel? — Chutou.

As mãos saíram dos seus olhos e ela piscou diversas vezes, mandando embora as bolas amarelas que dançavam a sua frente. Quando se acostumou novamente com a claridade da luz da varanda, olhou para cima, atrás de si.

— Daniel? Quem é... o vizinho? — Louis apontou para a casa ao lado.

— Louis! — Rebecca pulou, ignorando a pergunta do namorado, e enroscou os braços no pescoço dele. — Que saudade que eu estava de você. Estava justamente pensando e...

O Amor (nem sempre) Mora ao Lado (À Venda Na Amazon)Onde histórias criam vida. Descubra agora