O Amor (nem sempre) Mora ao Lado (À Venda Na Amazon)

CAPÍTULO TRINTA E QUATRO - PARTE 2

O coração de Rebecca não estava nada além de radiante. Depois de sete dias angustiado sem saber respostas sobre a declaração via e-mail, tinha finalmente se acalmado.

Becca acordou depois do que pareceram vinte horas dormindo, e instantaneamente procurou por Daniel na cama. As últimas horas a tinham dado o gosto do que é tê-lo ao lado, e não queria se livrar mais disso.

Saltou da cama ao não encontra-lo ali e foi direto para a cozinha – porque era o mais próximo da saída do quarto e também porque o estômago roncara. Foi ali que ela encontrou Daniel. Ele lhe lançou um sorriso por cima do ombro, rápido, sem tirar os olhos do fogão por mais que três segundos.

— Bom dia oficial — Disse ele.

Becca encostou-se no arco dividindo o pequeno corredor da cozinha e sorriu para ele, mesmo Daniel estando de costas.

— Bom dia — Becca fez careta — nunca é muito bom te ver cozinhando.

Daniel desligou o fogo e virou-se rápido demais, segurando a frigideira quente pelo cabo de plástico, mas quase batendo na porta aberta do armário.

Por segurança, Becca recuou dois passos.

— Você não iria ver.

Rebecca o olhou com interrogações pairando na testa.

— Eu ia levar na cama, mas você fez o favor de levantar. — Explicou Daniel.

— Eu volto! — Becca saltitou e fez que ia voltar ao quarto. Daniel berrou.

— Opa, opa! Tarde demais. Agora você já me pegou no flagra...

— Mas, cama... — choramingou Becca.

— Mas, comida... — Dan imitou o mesmo tom choroso.

Becca o olhou formando um bico nos lábios, mas Daniel não cedeu.

— Tá bom! Você venceu.

Nesse momento o estômago dela roncou tão alto a ponto de Daniel ouvir. Becca mordeu os lábios.

— O que temos aqui?

Daniel estufou o peito e esticou a panela na direção de Rebecca.

— Ovo à lá Daniel Rincón — Apresentou à ela o prato, como um chef em um restaurante cinco estrelas.

Becca manteve o rosto impassível, levando a seriedade a fundo.

— Quando você desenvolveu essa receita?

— Você ia ficar surpresa em descobrir como a mente se torna criativa ao se ver morando com três caras que não sabem nem quebrar um ovo.

— Você não é muito melhor... — Becca não quis falar tão alto ou soar tão séria. Ela riu só para amenizar o estrago.

— Estou fazendo sucesso, saiba disso.

— Quantos ovos você queimou antes de acertar?

— É patético queimar ovo, né, Becca? — Ele revirou os olhos dramaticamente.

— Daniel... — Becca espichou o olhar.

— Hum... quatro. — Dan largou a panela quente em cima da mesa e avançou para Rebecca, abraçando-a pela cintura — Fiz café, e torradas, e gelatina de limão. Foi tudo o que achei na sua geladeira.

Becca se aninhou nos braços de Dan, mas logo levantou a cabeça para fita-lo.

— Espera... você fez torrada onde?