CAPÍTULO QUINZE

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EU AMO ESSE CAPÍTULO! AH <3

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~~ filmes e flagras ~~


Tinha sido só um sonho.

É lógico: apenas um sonho.

Daniel nem sabia porque estava colocando tanto pensamento em cima disso. Ele não costumava pensar muito em nada e ali estava ele: martelando a cabeça em pensamentos sobre um sonho bobo, causado provavelmente pelo delírio da febre. Ele sonharia com qualquer pessoa que tivesse ao seu lado no momento em que caiu no sono, e por acaso essa pessoa tinha sido Rebecca, sua vizinha amigável e prestativa.

Uma pessoa excelente, Rebecca.

Tinha conversado com ele por horas e feito os sintomas do resfriado serem esquecidos por um tempo, e ele agradecia por isso.

Esse era o único motivo pelo qual estava se mordendo de ansiedade por ela ainda não ter voltado.

Pelo menos foi o que ele se convenceu.

Ela tinha saído há, o quê? Duas horas? Daniel checou o relógio e não acreditou quando viu que só haviam se passado quarenta minutos. Mas ele não tinha dormido? Sim, tinha pego no sono, mas aparentemente não tinha passado de um cochilo.

Ele bufou e tossiu um pouco. Olhou para além da cama e lá estava Zeus, deitado, aparentando estar sentindo tanto a falta de Rebecca quanto ele. Ou de qualquer pessoa, na verdade. Até de Eliana Daniel podia estar sentindo falta. Só alguém para estar ali enquanto ele tossia numa cena nada bonita.

Eliana costumava cuidar de Daniel com afinco. Mesmo quando se tratava apenas de uma virose e ele não precisava passar o dia inteiro na cama, ela o fazia passar o dia inteiro na cama. No começo ele insistia que fazia mal, acostumava o corpo a sempre querer tratamento e não criar anticorpos, mas lá estava ela, colocando-o de molho. E assim, durante sete anos, ele passou a se acostumar, exatamente como temia.

E lá estava agora, com uma gripe mediana, achando que estava morrendo.

Hipocondríaco e um pouco mimado; estava perdido.

A única alternativa foi virar o corpo para cima, tentar respirar sem muitas dificuldades, apoiar as mãos na barriga e tentar dormir.

Em menos de oito minutos ele estava ressonando.

✩✩✩

Quando a campainha soou, Daniel pulou da cama num susto, acordando instantaneamente. Arrumando forças não soube de onde, caminhou um pouco desorientado até a porta da frente em passos largos, mas ainda cambaleando – totalmente desajeitado. As pisadas duras no chão faziam sua cabeça doer um pouco, e no meio do caminho ele desacelerou.

Quando finalmente abriu a porta, Zeus aos seus pés, deu de cara com Rebecca. E outra pessoa. E uma caixa nas mãos, uma que cabia muito mais do que remédios.

— Isso estava aqui na porta — disse Rebecca, entregando a caixa a Daniel.

Ele franziu a testa e tentou se lembrar se havia feito algum pedido online.

Não; nada.

A caixa não tinha remetente, nem o endereço dele, o que implica que a pessoa a deixou ali na frente ela mesma.

Daniel não parou para pensar na estranheza daquilo e logo buscou uma faca para abrir a caixa. Esqueceu que Rebecca tinha aparecido com outra pessoa ao lado, e só depois percebeu que não tinha sido apresentado à mulher.

O Amor (nem sempre) Mora ao Lado (À Venda Na Amazon)Onde histórias criam vida. Descubra agora