EPÍLOGO

2.8K 322 87
                                    

Clara e Mari casaram-se no sábado, vinte e três de dezembro, no salão aberto do Hotel Resort, à beira da Praia da Vaidade. Uma cerimônia para família e amigos, embora, logo após o "eu aceito", a areia da praia tenha se transformado em salão de festa e foi permitido a entrada de quem quisesse.

Rebecca sentou-se na areia, em cima de suas sandálias rasteiras, ao lado de Nicolas. Giovanna estava do outro lado do rapaz, ouvindo "Here With Me" do The Killers no autofalante.

— Nico — bateu ombro no ombro do irmão, o fazendo olhá-la.

Nicolas estava vidrado em algum ponto a sua esquerda, e Rebecca só descobriu o que era minutos depois.

— Tenho uma coisa pra te contar — disse Rebecca.

— Se você estiver grávida, vou fazer uma intervenção por você estar bebendo.

— Não! — Becca berrou.

— Jura? — Ele cerrou o olhar — E por que Daniel não está aqui? Só pode ter fugido do compromisso.

— Para! — exigiu Becca, mas estava rindo — não é nada disso.

— Hum... então todos nós temos algo a dizer hoje.

— Hein? O que você quer dizer com isso?

Nicolas olhou novamente àquele ponto no horizonte e Rebecca seguiu seu olhar, mas o rapaz logo desviou, voltando-se para a irmã.

— O que você está escondendo?

Nicolas soltou um sorriso pelo nariz e finalizou o champanhe em sua taça.

— Você primeiro.

Giovanna berrou um verso da música, e acabou afastando o assunto central de Nicolas, fazendo Rebecca voltar ao seu.

— Tenho uma novidade — repetiu ela.

— A gravidez...

— Não, para! Mas é sobre Daniel...

— Sempre é.

— Nicolas... — repreendeu Rebecca.

— Eu paro. Continue.

Rebecca mordeu os lábios e engoliu um sorriso antes de dizer:

— Nós vamos morar juntos!

Nicolas abriu um sorriso largo, deixou a taça fina de lado e abraçou a irmã, ainda sentados. Ele reagiu com felicidade, mas ao afastarem-se, ele logo disse:

— Isso não é nenhuma novidade... mas eu fico feliz que agora seja oficial.

Rebecca nem tentou fingir não saber o que aquilo queria dizer, apenas estufou o peito, respirando o ar puro da praia, e cravou os olhos no pôr-do-sol a sua frente, o mesmo sorriso figurando em seu rosto há cinco horas.

Daniel apareceu instantes depois do silêncio se instalar entre os irmãos – só se ouvia a voz desafinada de Giovanna bêbada cantando Mine, da Taylor Swift agora – e pediu a mão de Rebecca para levantar-se. Num movimento traiçoeiro, ela o puxou para baixo, e Daniel caiu desajeitado na areia.

— Você vai pagar por isso — ameaçou ele.

— Você me deve muito mais... — ela jogou, e Daniel recuou o tronco, as mãos abertas em frente ao rosto.

— Desculpa, senhorita. Mas eu preciso que você se levante para concorrer ao buquê, está na hora.

Becca saltou, e agarrou a mão de Giovanna para juntar-se a ela.

O Amor (nem sempre) Mora ao Lado (À Venda Na Amazon)Onde histórias criam vida. Descubra agora