♕ XI ♕

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Estava disposta a tudo, não deixaria Akira a mercê desses nojentos, ele é bom e inocente

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Estava disposta a tudo, não deixaria Akira a mercê desses nojentos, ele é bom e inocente.

Caminhei cuidadosamente para o salão. Enquanto o rei se divertia com a cortesã, a rainha conversava com os convidados, pobre mulher, se soubesse o marido que tem. Eu contaria o que seu amado rei está fazendo neste momento, só para ter o prazer de vê-lo morto, mas ainda não é a hora. Não irei fazer justiça, não agora, se bem que a justiça de Deus é bem melhor. Caminho observando tudo em minha volta, percebendo que não havia ninguém próximo ao banquete real. Essa é a minha chance.

Apresso o passo discretamente e começo a catar o que vejo pela frente. Eram docinhos, tortas e outras coisas que não sabia bem o que era. Peguei o máximo que pude e voltei para o calabouço. Não posso negar que oque estou fazendo é arriscado, no entando é o mínimo que posso fazer por Akira.

-Está se arriscando demais por mim. - Levantou do chão ao me ver.

- Não reclame, apenas coma. São ordens de uma princesa.

- O que farei eu para agradecer-te princesa?

- Não tem do que me agradecer. Você não ficará aqui eu prometo. - Afirmei segura.

Akira começou a comer como nunca, o observei enquanto sasiava sua fome, senti meu coração apertar. A culpa permanecia no meu coração, na minha alma.

- Ora, ora, ora, eu sabia que era você. - Uma voz ecoou nos meus ouvidos, eu conhecia muito bem aquela voz, ouvi-lo fizeram minhas pernas ficarem bambas de uma hora para outra. Engoli a seco e me virei para o dono da voz.

Era o príncipe, ele havia me descoberto. Voltei minha visão para Akira, o mesmo estava com os olhos arregalados, era perceptível o medo em seus olhos, entretanto a angústia que caia sobre si não era de morrer ou ser punido ainda mais,e sim por mim. Ele temia o que poderiam fazer comigo. Saber disso me multilava de uma forma estrondosa.

Voltei a olhar para o príncipe de cabeça erguida. Era confuso saber o que pensava ou sentia. Seus olhos me fuzilavam, mas tinha um sorriso nos lábios, um sorriso sarcástico e irônico.

- Acabei de confirmar minhas suspeitas. - Cruzou os braços. - Você é Clementine, a princesa de Arkenia. - Disse firmemente.

- Sim. - Confirmei.

- Não, Clementine. - Akira estava prestes a chorar quando eu gritei:

- Eu sou a menina cujo sua família destruiu! - Arranquei a máscara do rosto. - Sua família acabou com a minha família da pior maneira. E eu não vou descansar até vê-los pagar por tudo!

- Como ousa a me desafiar!? - O príncipe elevou sua voz e caminhou até mim.

- Eu os odeio. - Fervia de raiva. - Meu Deus é justiça e vocês pagarão!

Princesa Segundo o Coração de DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora