♕ XXXIII ♕

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A mudança, a exaltação de Deus e glória, dependia da minha sabedoria e da minha fé

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A mudança, a exaltação de Deus e glória, dependia da minha sabedoria e da minha fé. Oque eu precisava fazer era apenas clamar por ele, pedir para que tocasse na infermidade do rei, e não eu, pedir para o grande eu sou agir, e todos saberem que há apenas um Deus. É fácil? Não, na verdade nada nunca foi fácil.
Deus não é um brinquedo, não podemos pedir parar que nos use estando de qualquer forma, e muito menos obriga-lo a fazer isso, o querer é dele e o poder é dele e não nosso. Oque eu sou? Oque nós somos perto da grandeza de Deus? Na primeira oportunidade ajoelhei no piso dos aposentos da princesa no qual estava, e clamei ao Senhor.

- Oque faria eu sem a tua infinita misericórdia? - Sussurrei e curvei minha cabeça enquanto o senhor se mantinha em silêncio, oque estava fazendo era pouco demais para chamar a atenção de Deus, para fazê-lo olhar para mim e toda aquela situação, eu não sabia de que forma agir então deitei sobre o piso gelado e e pedi misericórdia.

Aquilo nunca tinha acontecido comigo antes, ficar sem palavra para conversar com Deus era algo assustador. Suspirei e voltei a tomar ar nos pulmões.

- Eu poderia estar atordoada, nércia, desacreditada, agindo como uma tola odiando a ti pela morte dos meus pais e do meu povo, mas eu estou aqui Senhor, pedindo mais una vez a tua misericórdia. Pedindo para não me abandonar neste momento, tiveram momentos que pensei em desistir mas o senhor me deu força, quando cai o senhor me levantou, quando chorei limpastes minhas lágrimas, quando fraquejei me segurastes, quando pensei estar só me enviaste amigos. Toma a frente de tudo, vai guerreando por mim nesta guerra espiritual, derruba tudo até que só reste a tua glória, arranca do meu coração tudo que desagrada a ti. Pai, que quando eu tocar na pele daquele homem não seja as minhas mãos, mas as tuas, como me mostrares ele está com uma infermidade mortal, que só o Senhor pode curar...

Ouvi batidas na porta e a mesma ser empurrada. Fui me levantando do chão vagarosamente até ver uma aia com uma bandeja. Levantei para falar com ela.

- O rei pediu para trazer seu desjejum senhora. - Disse depositando a bandeja coberta por frutas, suco e pão sobre a cama.

- Peço para que por favor leve devolta.

- Mas...

- Por favor, eu estou sem fome, talvez mais tarde sim?

- Mas senhora, precisa se alimentar, aqui no reino oque não falta é alimento.

- Sim. - Abri um sorriso singelo para ela. - Não se preocupe comigo, estou bem assim, quando eu precisar de algo falarei com você.

- Está bem. Deixarei seu desjejum aqui caso mude de ideia.

- Peço que leve por favor.

- Ordens do rei, ele pediu para trazer e assim eu fiz. Irei deixar aqui, caso sinta fome, e mais tarde venho pegar.

- Está bem... - Suspirei. - Até mais então.

- Com licença. - Fez uma pequena reverência.

Voltei para o chão, e para falar a verdade não sei por quanto tempo permaneci ali, ao levantar senti uma leve vertigem, aquilo nunca aconteceu. Encostei em uma das paredes até que a visão voltasse ao normal, não demorou muito e tudo voltou ao seu lugar, maldita a hora em que fui me levantar, a bandeja cheia de alimentos me chamava de uma forma terrível.

Princesa Segundo o Coração de DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora