Em um reino distante coberto por idolatria e pecado, Clementine vivia em segredo. Apesar da morte cruel de seus pais ter lhe causado grande dano, não fora o suficiente para descrer em seu Deus e renuncia-lo.
Desde então, sua sua vida tem se baseado...
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Abri meus olhos lentamente achando estar em casa, mas minha visão logo fora normalizando e oque eu via não me agradava em nada.
Estava com as mãos e pés amarrados por cordas finas e resistentes. Era noite e os dois homens no qual me prenderam aqui estavam a pelo menos dois metros de distância de mim, haviam feito uma fogueira e ao redor dela conversavam sobre algo, procurei entre minhas pernas sangue ou algo que apontasse um abuso. Agradeçi a Deus por estar intacta, nessa questão, tentei me soltar das cordas mas era inútil, qualquer movimento que eu fizesse as cordas mal se mechiam em meus pulsos, então procurei algo cortante em minha volta.
- Iremos leva-la ao reino e teremos nossa recompensa, não seja burro. - Um deles caminhou em minha direção. Voltei a posição na qual estava, fingido ainda estar desmaiada.
- Essa garota irá nos render muitas jóias. - Disse enquanto passeava seus dedos ásperos no meu maxilar.
- Faturaria-mos mais se a tomassemos para nós e a matassemos, os deuses iriam nos agradecer por isso. - O outro retrucou.
- Não seja tolo Romão, o melhor a se fazer eu já disse e não vou repetir. - Disse com firmeza no tom de voz.
- Faremos como disse então. - O outro resmungou.
- Ótimo, espero que esta noite passe rápido! - Começou a se afastar de mim.
Afinal, oque queriam fazer comigo? Se não iriam me matar ou me torturarem eu não sabia oque planejavam. Na verdade não fazia idéia, será que Ravi ordenou que eles me sequestrassem e me levasse de volta ao palácio? Ou talvez seja alguma armação de Aneelise para me matar, não, elanãoseriacapazdetamanhaatrocidade.
Alguns instantes depois não ouvi barulho algum, abri meus olhos lentamente observando que os dois homens estavam se acomodando em alguns panos sujos e desbotados, fizeram uma espécie de colchão com ele, para poderem dormir. Essaéaminhachancedefugirdaqui. Depois de alguns instantes mais, comecei a levantar, apesar de ser tão difícil ficar de pé estando amarrada eu consegui, não tão rápido como gostaria, mas estava quase livre, na verdade eu estava quase saltitante ao ver uma adaga cravada pela metade no tronco da árvore que estava ao meu lado. Comecei a passar a corda sobre a lâmina ansiosa por minha liberdade.
- Oque pensa que está fazendo gracinha. - O que se chamava Romão segurou minhas mãos, fazendo minhas pernas ficarem bambas em questão de segundos.
- Por favor, me deixe ir embora. - Pedi. E aquilo soou como uma piada em seus ouvidos.
- Isso seria entregar minha cabeça ao rei.
- Rei?
- Ele nos pagará uma grande recompensa por leva-la ao palácio. - Começou a acariciar meu rosto, e eu afastei assim que presenti suas intenções.
