Pelas cortinas pequenos raios de sol banharam o quarto, ela dormia tranquilamente em seus braços, encolhida contra seu corpo, sua respiração calma e controlada. Ele sabia que ela ainda não o havia perdoado por completo, ainda havia um longo caminho pela frente, mas o primeiro passo havia sido dado. Ainda teria que começar com Íris, colocar em pratos limpos tudo o que estava acontecendo, embora ainda gostasse muito dela, seu sentimento por Caitlin era mais forte.
A doutora se remexeu em seus braços, acariciou o cabelo dela a acalmando.
-Volte a dormir, ainda é cedo. - sussurrou.
-Se ainda é cedo, por que você está acordado? - ela contrapôs em um resmungo sonolento.
-Eu não sei.
-Volte a dormir Bar, se você não dormir, eu não durmo. - ela falou se afastando e se virando para ficar de frente para ele.
-Então acho que ficaremos os dois acordados.
Caitlin sorriu. Deus como ele amava aquele sorriso.
-O que foi? Por que você tá com essa cara de bobo? - ela perguntou, tocando a ponta do nariz dele.
-Por que vocês insistem em dizer que eu tenho cara de bobo? - virou de barriga pra cima e encarou o teto.
-Porque você tem cara de bobo, os olhos perdido, a boca presa em um meio sorriso, o jeito como seu rosto todo fica meio...bobo. - Caitlin disse sussurrando, eles pareciam dois adolescentes em um encontra as escondidas. - Até que é meio fofo, mas também é estranho.
-Pois saiba minha Cait, que você é o motivo da minha cara de bobo. Porque todas vez que eu te olho simplesmente não consigo não me impressionar com o seu jeito, com todas as coisas que descubro sobre você a cada dia que passa. - falou olhando pelo canto do olho, Caitlin se arrastou pela cama e deitou a cabeça sobre seu peito. - Você me encanta.
-Obrigada.
-E isso vale também para Natali, minha pequena. Me surpreende o jeito como ela encara o mundo, sempre de cabeça erguida. Ela pode ser pequena e ter pouca idade, mas ela já é tão imponente e destemida como a mãe.
Ela riu.
-Você é um galanteador, sr. Allen. Deve conquistar muitas mulheres com essas suas cantadas.
-Não muitas, mas a que eu quero já está aqui. - assegurou. - E desta vez não a deixarei escapar.
-Como tem tanta certeza?
Deu de ombros.
-Ela é especial para mim. Muito mais do que ela imagina.
Caitlin pareceu abrir o maior sorriso que conseguia, Barry passou o braço ao redor da cintura dela e a puxou para si. Suas bocas se chocaram em um beijo apaixonado, ela riu meio sem jeito. Um celular tocou em algum canto do quarto, Caitlin levantou a cabeça em busca do som.
-Não. - gemeu em protesto enquanto ela se levantava e ia em busca do celular.
-É o Julian. - ela falou lhe entregando o celular.
Suspirou pesadamente antes de se sentar e pegar o aparelho.
-Bom dia Julian.
-Bom dia Barry.
-O que devo a honra de sua ligação há essa da manhã? - indagou enquanto observava Caitlin vestia a camisa que ele usava na noite anterior.
-Queria te pedir um favor.
-Peça o que quiser porque hoje eu estou de bom humor.
Caitlin o encarou balançando a cabeça em descrença, então se aconchegou ao seu lado.
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Quartevois
FanfictionÀs vezes o destino age como uma ponte entre o possível e o impossível. Caitlin e Barry achavam que já haviam visto tudo o que a vida lhes reservava, porém com a chegada de uma pequena velocista ao laboratório S.T.A.R, eles percebem que às vezes a vi...