Oito meses e três semanas depois
Ela inspirou profundamente enquanto sentia a forte pontada forte na região inferior do útero. Era 03:43 da manhã de uma quarta-feira que poderia ter sido normal, mas obviamente não seria. Cutucou Barry ao seu lado, ele tinha o braço envolto em sua cintura e cabeça deitada sobre o travesseiro. Ela jogou a cabeça para trás e gemeu, cutucou ele novamente, Barry não moveu nem um músculo, maldito sono pesado. Tentou se sentar na cama, as pernas esticadas e as costas eretas.
-Barry. - chamou, ele remungou alguma coisa e virou para o outro lado, talvez pensasse que ela o acordaria apenas para pedir algo para comer, havia sido assim nós últimos meses, teve uma vez que ela o fez cruzar duas cidades apenas para lhe comprar um cupcake, este que ela nem comeu por fim. - Barry.
-Hum?
-Barry, preciso de um favor. - murmurou apertando os lençóis ao seu redor até seus dedos ficarem brancos.
-Se for para comprar outro bolinho, desista. Só farei isso amanhã. - ele resmungou meio sonolento.
-Embora eu achei esse seu lindo ato de cavalheirismo digno de ir para a forca, eu não quero outro cupcake. - parou contando até três, inspira, até cinco, expira. - Preciso ir ao hospital.
Barry rapidamente se sentou na cama, seus olhos estavam vidrados e seu corpo tremia.-O que? Por que?
-Me leva pro hospital. - pediu ao sentir outra contração.
-O bebê? Isso não é possível, você ainda vai entrar no nono mês. - Barry pulou da cama e correu para ajuda-la a se levantar.
-Quer dialogar com ele? Pelo menos sabemos que ele não é atrasado como você. - vestiu o casaco enquanto Barry corria pelo apartamento pegando as duas bolsas da maternidade. - Tomara que seja um alarme falso, preciso das minhas horas de sono.
Parou no meio da sala esperando Bar, foi quando sentiu o líquido escorrer pelas suas pernas e formar uma pequena poça aos seus pés. Bufou olhando para a barriga.
-Sério? Você não poderia esperar um pouquinho mais?
-Cait...Oh! O que houve? Por que não foi ao banheiro? Não se segurou?
Revirou os olhos diante de tais perguntas impertinentes.
-A bolsa estourou e as contrações estão cada vez mais curtas, temos quinze minutos para chegar ao hospital. - disse enquanto ele passava o braço pela sua cintura, ambos caminharam com calma até a garagem no subsolo do prédio. Barry parecia tentado a usar sua velocidade para leva-la ao hospital, mas desde de o início Caitlin afirmará com convicção que não colocaria a vida de seu bebê em risco, isso o levou a comprar um carro maior.
Tentou focar em sua respiração, quanto mais se acalmasse, mais o bebê se acalmava. Pegou o celular dentro da bolsa e pensou em mandar alguma mensagem para Íris, mas desistiu, ainda era de madrugada, as ruas da cidade estavam calmas e muitas pessoas ainda dormiam. Avisaria Íris mais tarde.
Acariciou a barriga, agradecendo por estar preste a ver seu filho, poucas pessoas sabiam o sexo do bebê, Caitlin sempre quis descobrir o sexo do seu bebê na hora do parto, mas graça a Natali, eles haviam descoberto antes. Ela até já tinha o nome do pequenino e quem seria sua madrinha.
O celular de Barry tocou, ele colocou no viva voz.
-Cisco, o que houve?
-Nada, apenas queria saber onde você deixou aquela arma de choque, acho que posso aumentar a potência dela.
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Quartevois
FanfictionÀs vezes o destino age como uma ponte entre o possível e o impossível. Caitlin e Barry achavam que já haviam visto tudo o que a vida lhes reservava, porém com a chegada de uma pequena velocista ao laboratório S.T.A.R, eles percebem que às vezes a vi...