Quartevois

24- Caitlin

Ela abraçou o travesseiro e o empurrou contra o ventre, Barry passou a mão pelo seu rosto tirando alguns fios soltos, Natali se curvou sobre seu corpo e a encarou séria. 

-Mamãe, você tá bem?

-Apenas um incômodo passageiro meu anjo. 

-O remédio está fazendo efeito? - Barry indagou, ele estava sentado no chão a sua frente, havia faltado ao trabalho apenas para cuidar dela, teria que dar um explicação muito boa ao capitão no dia seguinte. - Dr. Jones disse que embora isso seja comum no primeiro trimestre , devemos ficar de olho nos sintomas ou em qualquer outro problema, ou seja, você tera que ficar em repouso por um bom tempo, nada de laboratório para você, mas apenas durante alguns dias, querida. 

-Como vocês vão se virar sem mim?

-Damos um jeito. 

Fechou os olhos ao sentir a contração, agora fraca, de seu útero, no início da manhã havia sido o enjôo, depois veio a tontura e agora as contrações. Seu coração apertava cada vez que sentia a dor em eu ventre, temia por dentro por medo de que algo acontecesse ao seu pequeno bebê.
A campainha tocou, Barry se levantou.

-Fiquem aqui. - ele pediu. 

-Como se eu pudesse sair para algum lugar. - resmungou, então se sentou com as costas contra a cabeceira da cama. - Então meu anjo, como está sendo as aulas de balé? 

-Muito bem mamãe, a professora disse que eu sou a melhor da turma, você vai ver minha apresentação na sexta? 

Assentiu, dali a três dias Natali se apresentaria pela primeira vez dançando ao som do lago dos cisnes. Obviamente ela não perderia a chance de ver sua filha em um lindo tutu rodopiando pelo palco.

-Vovô Joe também vai? - Natali questionou apertando o urso com força. 

-Se você pedir acho que ele vai. 

-Olá garotas. - Cisco disse entrando no quarto com um buquê de flores. - Está melhor Cait?

-Um pouco, são pra mim? 

-Claro, fizemos uma vaquinha e compramos para você. - Cisco esticou o buquê para ela pegar, Caitlin mal havia chegado perto do buquê quando sentiu o aroma, antes tão encantador, mas agora enjoativo, das flores. 

-Tira isso de perto de mim ou eu vou vomitar. - avisou virando o rosto para longe das flores. 

-Ok, me dá isso, porque só agora eu consegui faze-la comer alguma coisa sem ela jogar tudo dentro do vaso. - Barry pegou as flores de Cisco e as colocou do outro lado do quarto. 

-Você tem certeza que está bem? - o engenheiro indagou enrugando a testa.
Ela olhou para Barry, uma hora ou outra eles teriam que contar sobre a grande notícia, aquele parecia o momento certo para isso.

-Natali, porque você não pega aquelas flores e leva para cozinha, você pode brincar com elas e achar um lindo jarro para coloca-las. - sugeriu, a pequenina assentiu e pulou da cama, Barry a entregou o buquê e meio sem jeito Natali saiu com o urso de um lado e as flores do outro. - Cisco senta. - disse fazendo seu amigo a olhar confuso.

-O que? Por que? 

-Apenas senta cara. - Barry pediu sorrindo.