PuTa MErda Emanuelle!

Capítulo 17

Quando cheguei na Universidade vi o Artur e a Mel, creio que me esperando.
Corri para um abraço enquanto Sam tirava minha mala do bagageiro.

- Oi amores, vamos tocar o terror no acampamento? - disse com um sorriso de canto, maléfico.

- Claro amiga. - e riu

- Só que não né. - protestou Artur

- ah foi só uma brincadeira jogador, relaxa ai.

Despedi do meu irmão, que mandou eu ter um pouco de juízo e entramos no ônibus. Adivinha, quem estava sentada em um dos primeiros acentos? Se você disse Pâmela, acertou! já vi que o acampamento para Artur, ia ser uma merda. Com a revirada de olho que ele deu pude ter certeza.

Fomos para os últimos acentos, na viagem, ficamos jogando conversa fora, cantamos, gritamos. Só nós três não, a galera toda.

Fiquei com sono, era muito longe, então dormi ali mesmo, toda desajeitada.

- Manu acorda! - Artur quase gritou

- Ahm?

- Chegamos.

Praticamente dei um pulo da "poltroninha", peguei minha mala e fomos em direção as barracas de madeira do acampamento.

Dona Vânia mandou cada um escolher uma dupla meninas junto com as meninas e os meninos junto com os meninos. Eu escolhi a Mell, óbvio.

Depois mandou 2 duplas para cada barraca, eu e a Mel ficamos com a Pâmela e a Rafaela.
A Rafaela é muito metida, e a Pâmela não fala com a gente só porque terminou com o Artur e porque a Rafaela chamou ela para entrar no grupo de líder de torcida. Credo!

Entramos para barraca. Gente só havia um banheiro para as meninas.
Misericordia! que dia é hojeeee? Gente assim num dá não.

Dividi o beliche com a Mel, "organizamos" nossas coisas e fomos banhar juntas, já eram 8 horas da noite e todos iam se juntar ao redor de uma fogueira.

Enquanto estava indo para a roda de universitários com a Mel, esbarrei com um rapaz com um violão e cai sentada no chão. Cara idiota!

- Ei, tá doido?

- Desculpa! Eu estava procurando minha palheta que caiu por aqui. - e me estendeu a mão, para me levantar.

- Na próxima tenha mais cuidado, eu ein. Fala sério.

Fomos para a "rodinha"

- Manu aquele cara é lindo.

- Sério? ele é muito desatento isso sim.

Então cada um começou se apresentar, falar seu nome, a idade e a faculdade que estava fazendo, até que chegou minha vez.

- Sou Emanuelle Scott, tenho 18 anos e faço jornalismo. - olhei para o próximo a falar. E era o menino desatento

- Sou Mathew, tenho 20 anos, sou novato em Arquitetura. - ele olhou pra mim sem graça.

- Ok galera, Mathew vai tocar pra gente e espero que todos ajudem na música. - Disse o senhor Daniel um dos nossos responsáveis.

Ele começou tocar, e cantar, todos o acompanharam.

"Piloto automático" super combo
"A flor e o beija-flor" J&M
"Pais e filhos" Legião urbana
entre outras músicas.

Depois de cantar várias e várias músicas fomos jantar, peguei o prato e fui me servir sentei na mesa ao lado de Artur e o mesmo não parava de me olhar, estranho.

- Que foi Lira? - resolvi perguntar.

- Nada! - desviou o olhar.

- Você tá estranho Artur. - Disse Mel colocando uma batata frita na boca.

- Impressão sua. - e começou comer.

- Oi Artur. - Disse o tal Mathew sentando ao lado da mel.

- Vocês se conhecem? - perguntei.

- Tô dividindo o beliche com ele. - revirou os olhos enquanto olhava para o outro lado.

- Você é a menina que eu derrubei né? - disse ele olhando pra mim.

- Foi, seu estranho. - abaixei a cabeça

- Mil desculpas! Emanuelle seu nome né? - disse olhando fixamente em meus olhos.

- É! - fiquei sem graça.

A Mel e o Artur ficaram se encarando.
Ficamos ali em silêncio.

- Você tem namorado? - perguntou Mathew

- Pergunta tediante. - continuei comendo.

- Não acha que tá querendo saber de mais não cara? - disse Artur batendo as duas mãos na mesa e se levantou.

- Lira? Calma ai, foi só uma pergunta. - olhei pra ele e fiz gesto com as mãos.

Ele apenas virou as costas e saiu. Mel só observava sem entender nada.

- Ele é seu namorado? - perguntou Mathew.

Olhei pra ele com raiva, me levantei e fui atrás do Artur. A Mel ficou lá com o idiota.