Capítulo 22

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Acordei 6:32 da manhã, com uma dor de cabeça enorme.
Saí pra fora para tomar um ar.
Fiz um coque e me sentei na porta da barraca.

Fui banhar para ver se a dor passava, entrei peguei minha toalha, uma camisa grande e folgada (qual é? eu gosto de camisa de homem), um short jeans, uma calcinha e fui para o banheiro.

Liguei o chuveiro e fiquei ali por uns 20 minutos.

Depois escovei, me vesti, nem passei maquiagem. "Arrumei" meu coque e fui para o refeitório.

Coloquei meu braço sobre a mesa e encostei minha cabeça. Fiquei esperando a dona Vânia e o Daniel passarem apitando para acordar todos.

Quando alguém chega e senta ao meu lado.

- Tá fazendo o que aqui branquela? - disse Artur.

Eu sei que era o Artur porque só duas pessoas me chamam assim, o Sam que não está aqui e o Artur.

- Oi Artur...

- O que foi meu bem? - se preocupou em perguntar

- Nada! - falei seco.

- Manu, pra onde você foi na festa que não te vi mais? - falou meio triste.

- Eu fui atrás do Mathew, encontrei ele com a Mel e o Roberto, ele me ofereceu droga eu não recusei, bebemos dançamos bastante, e eu banhei junto com o Mathew. - falei decepcionada, queria que Sam estivesse ali, ele me entenderia ou melhor ele não teria deixado eu fazer essa merda.

- Banharam juntos? Como assim? - disse espantado e nervoso.

- Sim. - olhei para ele.

- Assim do nada? - articulou com as mãos.

- Não né. Provavelmente a gente transou. - olhei para o tempo.

Artur ficou em silêncio.

De repente escuto os apitos, alguns minutos depois Mel aparece e senta na minha frente.

- Bom dia amores!

- Bom dia Mel. - falei

- dia... - disse Artur

- Xiiii gente, que caras são essa? - olhou desentendida.

- A Manu transou com o Mathew. - entregou Artur de uma vez.

- Sério? - Mel me olhou espantada.

- Provavelmente! Depois que usamos drogas, eu banhei junto com ele, é só o que lembro.

Artur se levantou para pegar sua merenda e Mel fez o mesmo.

- Não vai comer? - disse Mel quando retornou.

- Tô sem fome. - Me virei e vomitei ali mesmo.

- Só falta tá grávida agora. - resmungou Artur, porém pude ouvir.

Olhei com um olhar fuzilante para Artur.

- Mel? Você tem remédio pra dor de cabeça?

- Tenho não amor. - disse Mel e continuou. - mais o Artur deve ter.

- Você tem? - fui fria.

- Tenho, vamos na barraca!

Mel ficou lá merendando e nós fomos buscar o remédio.

- Porque fez isso Manu? - me olhou triste.

- Não sei... Eu sou trouxa.

Artur continuou calado, entramos na barraca ele me deu o remédio e eu tomei.

Quando estávamos saindo Mathew entra.

- Oi meu amor. - Me rouba um selinho.

- Affs. Vamos Manu? - disse Artur já com raiva.

- Tá nervosinho? - provocou Mathew.

- Vai se fuder caralho! - gritou Artur.

- Eu fudi ontem. - riu como se tivesse conseguido o que queria.

Artur ficou transtornado e deu um murro na boca do Mathew o mesmo partiu pra cima do Artur.

- Parem, parem. Por favor. - comecei gritar.

Os dois não paravam, então resolvi entrar no meio, empurrei Mathew.

- Só paro porque você pediu amor. - Falou Mathew.

- Seu amor é porra. - disse Artur e deu um murro na boca de Mathew.

Quando o mesmo se revoltou e queria bater no Artur novamente.

- Para Mathew, ele é meu amigo. - disse pressionando a mão em seu peito. Olhei em seu rosto, ele estava com o nariz sangrando. O mesmo virou as costas e saiu.

- Vou buscar a caixinha de pronto socorro. - fiz sinal para que o Artur esperasse.

- Você vai é atrás desse filho da puta, que eu sei. - disse ainda nervoso.

- Não Artur! - sai.

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7 minutos depois...

- Voltei Lira. - falei com a caixa em mãos.

Limpei seus machucados, passei remédio e coloquei corativo no corte maior, que era próximo a sua sombrancelha.

- Obrigado Manu! - falou todo bobo.

- Pelo o que? - ri fraco

- Por ter gritado com ele, por está agora aqui do meu lado cuidando de mim. - segurou meu rosto e deu um beijo em minha testa.

- Para com esse sentimentalismo Artur! - dei um murrinho em seu braço.

- É sério Manu! - Me deu um selinho e saiu.

PuTa MErda Emanuelle!Onde histórias criam vida. Descubra agora