XVIII - Mendacium

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HAALLLOO!

Como estão?

Não vou enrolar, só agradecer muitão pelos FUCKING 30K DE LEITURAAS E  2,7K DE VOTOOOSS!! Amo vocês demais! Coisas lindaassss!

Cá estão as músicas:

Only You - Selena Gomez;
Love's To Blame - For King & Country.

Esse capítulo é dedicado a todos vocês, e a todas que estão no grupo de MOT (perdoem o troll, não resisti)

P.S.: DEDICADO A MOON!

Boa leitura!

***

  24 de abril de 2016. Miami – Flórida (EUA)


Mentira.

Mentir, ou o ato de ocultar a verdade, substituindo-a por uma falsa história é muitas vezes apresentada e culpada como a vilã de toda boa história.

Entretanto, quem de nós não mente? Com toda certeza, não há ninguém entre nós que não esteve sujeito a mentira, ou a mentir. As vezes por medo da verdade, porque ela era dolorosa demais ou porque o caminho mais fácil parece ser o da mentira. É um equívoco, claro, mas tão justificável como um acidente, são as mentiras, cabe a nós decidir entre perdoá-las ou odiá-las.

Como dizia o escritor grego "Não é bom dizer mentiras; mas quando a verdade puder trazer uma terrível ruína, então dizer o que não é bom também é perdoável". Em outras palavras, é mais do que compreensível falar uma mentira para tentar amenizar a dor que a verdade traria.

Lauren não concordava com mentiras. Preferia a verdade, por mais dolorosa que fosse. Porém, em nossa vida, há momentos que não importa o quão integro e verdadeiros somos, nos submetemos ao consolo que a mentira pode nos trazer. Em algum momento até mesmo nós acreditamos em nossas mentiras, porque somos fracos e encarar a verdade não parece o certo.

E mais uma vez me ponho contra ao olhar humano de sempre, ao qual amaldiçoa a mentira com todas suas forças. Precisamos muitas vezes da mentira, para aprendermos o valor da verdade e saber como reconhecê-la. As vezes, mentir pode ser uma forma de proteção. Para protegê-lo da dor que seria a verdade.

E como em todas as lições que Lauren vinha aprendendo, essa seria mais uma. Junto a Camila, elas aprenderiam que a mentira pode ser perdoada, e que as vezes a verdade pode ser mais dolorosa que a mentira...

No fim, algumas pessoas nunca diriam uma verdade se soubessem que a ela pode magoar mais do que uma mentira.

― Camz... – sussurrou uma Lauren espantada, seu rosto contorcido em puro choque. Os olhos vermelhos transmitiam sua dor e mesmo tendo uma das mãos da latina sobre a sua, sentia-se estremecer.

Os olhos castanhos fracos ainda fitavam os verdes intensos quando Eliza, uma das enfermeiras que cuidava do caso de Camila, entrou quarto adentro, pois era o horário de verificar o estado da paciente, como fazia todas as noites.

― Céus! – exclamou ao perceber que a professora estava acordada. – Lauren! Meu Deus, Lauren!

Mas não recebeu resposta alguma.

― Meu Deus... – a surpresa da loira era praticamente palpável e em passos rápidos, se aproximou das duas outras mulheres. – Lauren, você precisa soltar ela. Eu tenho que retirar o tubo de respiração, fazer os primeiros exames... Lauren!

Matter of TimeOnde histórias criam vida. Descubra agora