XXIII - Colorum

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Naitche!

Musiquinha do cap:
All I Need - Within Temptation.

Boa leitura!


07 de maio de 2016. Miami, Flórida (EUA)


Cores.

Segundo os conceitos humanos, a cor está relacionada com a luz e a forma que é absorvida para depois ser refletida em uma determinada superfície. O fato de enxergarmos cores não passa da captação de diferentes tamanhos das ondas eletromagnéticas que são refletidas. No entanto, gostaríamos de elevar esse pensamento para algo mais além.

Ao mesmo tempo em que nos são permitidos vê-las, nós também podemos senti-las.

Vermelho, roxo, azul, amarelo, laranja, branco, preto. Ainda há mais uma infinidade de tonalidades e cores, mas a questão que abordaremos hoje é o fato de que, para cada cor há uma sensação diferente.

Se pensarmos com cautela, poderemos ver a semelhança dessa palavra conosco. Assim como nós, as cores possuem distintos tons e, portanto, significados.

Quando estamos alegres, podemos associar ao amarelo; quando estamos nos sentindo seguros ao marrom; quando estamos nos sentindo entusiasmados ao laranja; quando estamos tranquilos e em harmonia ao azul; quando estamos esperançosos ao verde; quando estamos em equilíbrio diante nossa mente e coração ao branco e quando amamos ao vermelho.

Por isso, as cores são associadas a sentimentos e como somos seres sensitivos, elas estão associadas a nós.

E para nossas protagonistas, elas seriam todas as cores. Passariam pelo caloroso amarelo, chegariam ao laranja e ao marrom. Depois, navegariam em um extenso azul e conquistariam o verde. Com isso, o branco as visitaria em sua excelência, porém não era o fim.

Ainda faltaria um sentimento e esse, sem dúvidas, era o mais forte.

Após uma viagem lotada de aventuras, perigos e obstáculos, elas chegariam em seu destino. Após muito tempo, elas seriam o que um dia tiveram, elas seriam o vermelho vivo. Elas sentiriam cada tonalidade dessa cor e viveriam intensamente ela.

Entretanto, para isso enfim acontecer, elas precisariam lidar com a absorção de todos os sentimentos, elas precisariam sobreviver ao preto. Precisariam atravessá-lo e saírem vitoriosas. Só assim alcançariam o vermelho.

Só assim teriam paz. Só assim seriam felizes.

E como dizia os antigos: para ter a felicidade, primeiro precisamos conhecer a dor.

Uma semana havia se passado após a noite de bebedeira da Jauregui. A morena ainda tinha tido uma bela ressaca na manhã seguinte, mas nada muito alarmante. Já Keana havia ido embora ao amanhecer, deixando um breve bilhete para a amiga. Sendo assim, o resto da semana não fora diferente. Elas se viram poucas vezes, porém sempre tratavam-se bem. Lauren entendia que precisava dar espaço à francesa e por isso, não se abalou com os desencontros das duas. Entretanto, só foram precisos três dias para que Keana retornasse as rodas de conversas nos intervalos ou fosse jantar em sua casa. Obviamente não significava que a mesma a superara, mas ela estava tentando e em uma das conversas, deixou claro que não se afastaria de sua melhor amiga, algo que Lauren agradeceu e muito.

Fora isso, a semana transcorreu calma. Camila estava dia após dia mais forte e agora era questão de dias para que enfim deixasse o hospital. A fisioterapia lhe fazia bem, já que a latina sempre conversava com Ed. Também havia os diálogos nada usuais com Rose e por fim, Lauren. A paciente e a médica conversavam diariamente e em todas as noites, como um costume, a morena de olhos verdes aparecia no quarto 137 para desejar boa noite.

Matter of TimeOnde histórias criam vida. Descubra agora