XXXVIII - Restitutio

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Já dizia o ditado... Quem é vivo sempre aparece. 

E olha eu aí, não disse que eu voltava? Demorei meses? Mas o importante é que eu voltei E trouxe o capítulo de praticamente 30 MIL PALAVRAS mais BICHA possível que euzinha poderia um dia escrever. 

Então, este capítulo é destinado A TODOS os meus queridos e queridas leitoras que aguardaram uma fanfic inteira por esse momento. A jornada tá acabando, fml.

É isto, vamos pras músicas de hoje já disponíveis na playlist lá no Spotify:

- Daylight (Taylor Swift);
- I Wanna Be Yours (Sofia Karlberg cover).

Enfim, boa leitura. Deixem ai nos comentários se toda a espera valeu a pena!

***

16 de dezembro de 2017. Miami – Flórida (EUA)

Restituição.

De origem latina, restitutio.onis, significa restabelecer algo. Porém, chame de licença poética ou afins, mas para nossas protagonistas, a restituição era nada mais que um sinônimo do termo reconexão.

Mas então, o que seria reconexão?

Para o dicionário, é a ação de se reconectar, de estabelecer uma nova conexão, de religar algo, ou alguma coisa. Já para Lauren Jauregui e Camila Cabello?

Restituir, ou melhor, reconectar, era um ato de amor.

Era a possibilidade do reconhecimento, da união entre uma e outra. Era ligar-se aos mínimos detalhes, atar-se às maiores superfícies. Era o reencontro; era reapaixonar-se; era a reconquista; era reatar os nós do Destino.

Eram tantas coisas, mas principalmente, era a forma de amor delas.

Se dependesse exclusivamente de Camila e Lauren, as duas passariam o restante do coquetel ali, em meio a um corredor vazio, apenas aproveitando cada centímetro da companhia uma da outra. A necessidade do toque, de estar perto beirava a algo irresistível e, portanto, não importava em nada se estavam ali há dois, cinco ou até dez minutos. Por elas, o relógio quebraria. O tempo pausaria.

Infelizmente, não dependia apenas delas.

— Camz, acho que seu celular está tocando. – afirmou Lauren baixinho, com os braços ainda em torno da cintura de Camila. Já a latina, apenas suspirou desgostosa por precisar desfazer o contato que tanto ansiou por longos meses.

— Alô? Dinah? – disse ao se desvencilhar do abraço e perceber que se tratava de uma ligação da amiga. Como se a mágica do momento tivesse desaparecido e a realidade voltasse com tudo, Camila imaginou sobre o que seria a chamada.

Precisavam voltar.

Mulher, pelo amor de Deus, aonde você está? – a voz aguda ecoou do outro lado da linha, aparentava certa preocupação. – Mani está quase tendo um ataque pela sua demora, ela disse que você havia dito precisar apenas de alguns minutinhos, mas porra, já se passaram uns dez! Cadê você?

Eu... – fechou brevemente os olhos, suspirando uma vez mais. Ao abri-los, encontrou o sorriso pequeno da Jauregui, ainda a olhando com imenso carinho, como se compreendesse que o momento delas seria findado. – Estou no corredor próximo ao saguão com a Lauren, mas já estamos voltando. – explicou sucinta, mal se dando conta da pequena informação escapada por seus lábios.

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