XXI - Recadere

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Cheguei!

E MAIS UMA VEZ PELA VIGÉSIMA VEZ: OBRIGADAAAAA! 50K DE LEITURAS E 4K DE VOTOS! DJAISJDAIOJDOSJ. Morri e ressuscitei quando vi isso. MUITO OBRIGADA! AMO VOCÊS!

Agora parando de enrolar, hoje teremos músicas, mas não será como o de costume com letras, então só peço que escutem até o fim do capítulo, e se assim quiserem, procurem a tradução.

Dark Paradise - Rainha da bad suprema, aka Lana Del Rey.

Tenham uma boa leitura!


***

30 de abril de 2016. Miami – Flórida (EUA)


Recaídas.

Cometer o mesmo erro. É simples de explicar a recaída. É mais fácil conhecer essa palavra e seu significado do que saber o que de fato significam palavras corriqueiras do nosso dia a dia. Afinal de contas, quem de nós nunca teve uma recaída? Como por exemplo, dizer que estava de dieta, mas acabar comendo besteiras mesmo sabendo que era errado, ou até quando estamos doentes, com gripe e por um momento parece que ela está indo embora, porém temos uma recaída e a doença volta ainda mais forte. Simples, não?

Agora imagine recair com o amor. Já não é mais tão comum, mas também não é raro, meio paradoxo, eu sei. No meio disso, nos policiamos. Dizemos que é errado e mesmo que você mal consiga se manter de pé, prossegue andando por maior que a dor seja.

Recair nesse sentido não é uma escolha. Não é como se você pudesse controlar ao ver o sorriso da pessoa amada, ou evitar que o mundo te lembre do que tiveram, ou poderiam ter...

É como se a velha amiga fraqueza estivesse voltando, porém sem ser bem vinda. Não é um bom momento para que ela venha, principalmente acompanhada da dor que a recaída traz consigo. É totalmente dispensável. Com absoluta certeza, ninguém deseja passar por isso, mas somos só humanos. Estamos confinados a sermos fracos quando a força é mais do que uma opção, é uma necessidade. Porém, só cabe a nós decidir como lidar com a recaída. Afinal, até os céus choram.

Talvez as recaídas não fossem mais algo incomum para Lauren. Até porque, era como se ela sentisse que qualquer coisa lembrasse a latina. Parecia até parte do seu dia que qualquer detalhe do mundo pudesse se conectar a Camila. Porém, o que Lauren desejava era esquecer tudo como sua paciente havia esquecido. Odiava ter que recair, odiava não ser forte o bastante para continuar na sua meta de seguir em frente. Mas o que ela descobriria é que a recaída nunca a deixaria esquecer, se de alguma forma ela quisesse seguir em frente, não poderia ser esquecendo e sim aprendendo. Aprendendo seguir em frente e lidando como as lembranças como mais uma parte da sua vida, como uma queda na bicicleta, antes de aprender a andar de verdade. Ou até quem sabe, aprendendo a amar como um dia havia amado.

Restava-lhe entender que a recaída era algo mais do que uma fraqueza e sim, uma das maiores professoras para seguir-se em frente.

― Licença... – pediu a neurocirurgiã assim que adentrou o quarto de paredes brancas cor de gelo.

― Bom dia, doutora Jauregui. – cumprimentou Adam, um rapaz no auge de seus trinta anos. – Amor, sua médica preferida chegou. – disse enquanto acariciava a mão da esposa.

― Olá Diane, com está? – perguntou Lauren logo após oferecer um sorriso amistoso para o homem e assim, se dirigir a mulher de cabelos castanhos e pele um tanto bronzeada.

Matter of TimeOnde histórias criam vida. Descubra agora