CONFUSÕES NO BECO DIAGONAL

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No dia seguinte, de noite, a realidade voltara ao seu encontro, suas amigas estavam de partida depois de mais uma maravilhosa noite de normalidade

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No dia seguinte, de noite, a realidade voltara ao seu encontro, suas amigas estavam de partida depois de mais uma maravilhosa noite de normalidade.

- Por favor, prometam que vão escrever... – Disse Hydra chorosa na porta que dava para a mansão de sua família enquanto abraçada e se despedia de cada uma de suas amigas, Gabrielle, Desiré e Gisele estavam com seu malão esperando o carro trouxa que as levariam ao local chamado aeroporto.

- Todos os dias! – Repetiu Gisele e depois de pensar um pouco corrigiu – Ok, toda semana... – A menina riu e abraçou Hydra.

- E você, não esqueça de escrever também. – Disse dando um beijo na bochecha de Draco que parecia que iria desmaiar a qualquer momento e saiu correndo para dentro da casa.

- Você deixa o menino sem graça! - Disse Gabrielle para Gisele e então se virou para Hydra – Ainda não acredito que de novo não vamos ter você no dormitório conosco Hydra. – As duas quase choravam ao falar.

- Nem eu, acredite! – E abraçou a amiga.

- Você não pode mesmo voltar conosco para passar as férias? – Perguntou Desiré agora vindo a seu encontro para a despedida.

- Não, eu preciso ficar de olho no que acontece aqui, ano que vem talvez – Disse Hydra com desesperança, abraçando a amiga.

O carro chegou e Hydra ajudou as amigas a entregar suas bagagens ao motorista, Hydra notou que ele as olhava de forma esquisita, mas para os trouxas, realmente não pareciam meninas normais.

- Au revoir cher! – Gritaram as três na janela do carro enquanto esse partia.

Era isso, agora de novo estava sozinha na mansão com seus pais e irmão, sem ter pra onde correr ou com quem falar, esse pensamento a assombrava enquanto andava pelo jardim bem decorado.

Sua casa era bonita, localizada numa ruazinha estreita, a entrada para o terreno da mansão era larga, a sebe se estendia até ser barrada por um portão de ferro trabalhado. O caminho que se segue é lindamente direto e coberto por sebes de teixo e o jardim tem uma fonte e pavões alvíssimos vagam pelo gramado, um dos pedidos de seu pai para mostrar superioridade. O interior da casa não foge da linha habitual - suntuosamente decorado, com um magnífico tapete, uma mesa ornamentada, mármores e um espelho dourado. Quadros em movimento espionam a passagem de visitantes pelo corredor. Havia um grande hall de entrada mal iluminado com uma porta de maçaneta de bronze que conduz diretamente a uma das salas de jantar.

Hydra subiu as escadas de madeira que levavam ao corredor comprido até uma de suas portas que dava em sua pequena fortaleza, seu quarto, o único cômodo daquela casa que de fato fazia Hydra se sentir em casa, fechou a porta e olhou ao redor.

- É, agora oficialmente voltei ao normal... – Disse triste para si mesmo.

Tentou admirar a beleza de seu quarto, único ambiente que Hydra de fato pode decorar conforme queria, as paredes eram brancas, era um quarto em estilo antigo e clássico com uma enorme cama de madeira pintado de branco e uma cabeceira marrom, um luxuoso lustre de cristais ficava no meio do teto e as muitas janelas do quarto era cobertas com longas cortinas de estilo vitoriano verde escuro, em cada lado da cama ficava uma mesa de cabeceira onde Hydra colocava seus porta-retratos, um com seus amigos de Hogwarts, outro com suas amigas de Beauxbatons e outro com o retrato de sua família e o presente que recebera de Peter, o lindo globo de neve que pretendia levar com ela também para Hogwarts. No lado esquerdo do quarto existiam duas portas, uma para o seu grande closet e outra para o banheiro e do lado direito, a porta para sua biblioteca particular. Hydra pegou seu livro na mesa de cabeceira e voltou a ler, era um ótimo jeito de esquecer onde estava.

O Primo Perdido - Livro 2  Onde histórias criam vida. Descubra agora